Justiça proíbe Vivo de vender novos planos em sete cidades

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Justiça proíbe Vivo de vender novos planos em sete cidades

Decorrente de ação do Ministério Público, decisão liminar também possibilita que clientes rescindam contratos sem multa

Justiça proíbe Vivo de vender novos planos em sete cidades

Decisão judicial proíbe a operadora Vivo de comercializar planos, pacotes, chips e serviços e telefonia móvel em sete municípios da região alta do Vale. A liminar foi concedida pela juíza Jaqueline Bervian, da Comarca de Encantado, nessa quarta-feira, 14, a partir de ação civil público ajuizada pelo Ministério público na segunda-feira, 12.
De acordo com a liminar, os clientes que se sentirem lesados podem rescindir os contratos com a operadora sem pagamento de multa.
A decisão concede ainda outros pedidos do MP como que a empresa comprove a realização de obras de melhorias e apresenta relatório sobre quedas e instabilidades no sinal nos últimos cinco anos. A juíza fixa ainda multa em caso de não cumprimento das decisões.
A proibição da venda tem validade a partir do momento em que a empresa for intimada. A intimação foi expedida ontem e deve chegar nos próximos dias. A decisão segue valendo até que a operadora comprove as melhorias exigidas. Há ainda a possibilidade de a empresa conseguir derrubar a liminar por meio de recurso.
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Uma audiência judicial ficou marcada para o dia 24 de outubro, às 17h.
Por meio de nota à imprensa, a Vivo “informa que ainda não recebeu notificação quanto à Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público em Encantado/RS”.

O pedido do MP

A ação é de autoria do promotor André Prediger. Em coletiva de imprensa, ele classificou como “atentado ao consumidor” a cobertura da empresa na comarca de Encantado. “A Vivo vende cobertura 4G e 3G, quando mal oferece o 2G”, afirma.
Na ação, o MP aponta que a Vivo age “de má-fé e induz o consumidor ao erro” quando oferece planos em áreas sem cobertura.
Nos pedidos principais, a promotoria exige indenização por danos morais coletivos de R$ 1 mil por consumidor lesado e indenização por dano social, sugerida em mais de 20 mil salários mínimos, a ser revertido aos conselhos de comunidade dos municípios da comarca.
A ação se baseia em reclamações informais de moradores, abaixo-assinado e manifestações de câmaras de vereadores. Também integra o ofício pesquisa digital feita pela Associação Comercial e Industrial de Encantado (Aci-e). De 63 pessoas consultadas, 57 (quase 90%) se sentiam insatisfeitas com a operadora.

Procon aguarda respostas

Após uma série de reclamações sobre a baixa qualidade do serviço nos municípios do Vale do Taquari, uma comitiva se reuniu com o Procon RS em junho para buscar soluções. O órgão de defesa do consumidor notificou as empresas a apresentarem um diagnóstico da situação do serviço e um plano de melhorias.
As quatro operadoras, Oi, Tim, Vivo e Claro, responderam no prazo, mas sem o plano de melhorias. Elas alegaram que estavam cumprindo o que está definido no contrato.
O Procon fez nova notificação. Os prazos variam de acordo com a data de recebimento das notificações, mas até a próxima sexta-feira, 23, o órgão espera ter as manifestações das empresas.
 

MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br

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