Há 25 anos, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promovia a Campanha da Fraternidade com a temática “A família, como vai?”. A edição, uma das mais lembradas por católicos de todo o país, comemora o Jubileu de Prata e volta à tona neste ano, através da Semana Nacional da Família.
O evento, realizado pela CNBB em parceria com a Comissão Nacional da Pastoral Familiar, busca indicar a necessidade da família vivenciar uma profunda experiência de Jesus e da sua palavra para vencer os desafios e dificuldades que encontra pelo caminho, além de compreender seu papel evangelizador na sociedade.
Em Lajeado e região, a programação iniciou no Dia dos Pais e se estende até este sábado. Conforme o representante da Pastoral Familiar, Silvino Huppes, a divulgação é feita através da distribuição de fôlderes nas santas missas celebradas nas paróquias do Vale. O material foi elaborado pela coordenação da Pastoral Diocesana.
“Nesse material, falamos sobre a importância da família, pois ela é a célula da sociedade. Se a família vai bem, a sociedade também”, comenta. Huppes lembra que o folheto está disponível para a comunidade nas paróquias e que ele também incentiva a reflexão familiar.
Cogitou-se a possibilidade da realização de outras atividades, mas a opção foi por manter a divulgação nas missas. “A família é todos os dias”, afirma Silvino Huppes, que conta com o auxílio da esposa Maria na divulgação.
“Mês Vocacional”
A Semana Nacional da Família surgiu no começo da década de 90 no país. Conforme o bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul (da qual o Vale do Taquari faz parte), dom Aloisio Dilli, agosto é chamado de “Mês Vocacional”, e por isso se optou por esse período para celebrar a família.
“Neste mês, se valoriza e celebra os diversos estados da vida, as diversas vocações. No primeiro domingo é a vocação do Clero, e no segundo celebramos a vocação dos pais. Por isso que foi escolhido agosto para marcar a data”, explica.
Para dom Aloisio, é importante discutir a importância da família para resgatar valores básicos, como os humanos, éticos, cívicos e cristãos. “Se perderam muitos valores nos últimos anos. As causas são muitas, pois estamos vivendo não uma época de mudanças, mas uma mudança de época. Fomos invadidos em nossos lares com contravalores, que tentam destruir a família”.
Otimismo
Ainda assim, o bispo enxerga o futuro com otimismo, considerando o papel da família como fundamental nos próximos anos para a sociedade.
“Estamos numa sociedade muito competitiva e percebemos, através das redes sociais, uma polarização muito grande e as pessoas parecem não conseguir mais dialogar. Nós precisamos da família para trabalhar esses elementos básicos, pois é nela que aprendemos a dizer com licença, obrigado ou desculpa”, conclui dom Aloisio.
MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br