Ataques a cemitérios revoltam moradores do interior de Estrela

Estrela

Ataques a cemitérios revoltam moradores do interior de Estrela

Em duas semanas, foram registrados cinco casos de furto em dezenas de sepulturas

Ataques a cemitérios revoltam moradores do interior de Estrela

“Do jeito que está logo vão tirar os mortos do túmulo para roubar também”, lamenta Maria Ivone Schneider, 79, ao ver a sepultura danificada da filha no cemitério católico de Linha Lenz, interior de Estrela. “É uma tristeza ver a lápide assim”, complementa o marido Oscar.
O casal foi até o local ontem, 12, para averiguar os estragos. Ao total, cerca de 30 sepulturas foram alvo dos ladrões com o roubo das cruzes. Familiares de sepultados perceberam o crime na sexta-feira, 9.
No sábado, 10, outra comunidade que sofreu com o furto de crucifixos, letreiros e molduras foi a Linha Santa Rita. Os ladrões aproveitaram a proximidade e arrancaram materiais metálicos das sepulturas nos cemitérios católico e evangélico.
A comunidade estima que o crime ocorreu na noite de sexta-feira. O número de túmulos danificados não foi divulgado.
Com essas três ocorrências, somam-se cinco ataques nos cemitérios do interior de Estrela. Outros dois ocorreram no fim de julho no Cemitério Evangélica da Beija Flor, em Costão e cemitério católico de Linha São José.
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Sem suspeito

A semelhança dos crimes, todos realizados à noite com furtos de objetos metálicos, e proximidade dos cemitérios faz o delegado da Polícia Civil de Estrela, Juliano Stobbe, cogitar a possibilidade dos ataques terem sido realizados pelo mesmo grupo criminoso. “O modus operandi é o mesmo. Mas não se pode afirmar com total certeza que apenas um grupo realizando os crimes”, sustenta.
Por enquanto não há suspeitos para os crimes, destaca o delegado. “Não houve testemunha em nenhum dos crimes e não chegaram para nós, até o momento, imagens de câmeras de segurança”, ressalta.
Conforme Stobbe, os objetos metálicos e de bronze conspurcados dos túmulos são derretidos ou até recolocados no mercado como sucatas. O fato dos cemitérios estarem em locais sem vigilância facilita a ação dos bandidos, percebe.
 

FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br

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