Turista sofre queda de 10 metros no V13. Resgate dura duas horas

Vespasiano Corrêa

Turista sofre queda de 10 metros no V13. Resgate dura duas horas

Homem sofreu fratura exposta e ficou quase 12 horas em barranco perto do viaduto até ser achado por bombeiros

Turista sofre queda de 10 metros no V13. Resgate dura duas horas

O passeio pelo Viaduto 13 acabou de forma inesperada para um turista de Vista Alegre do Prata, município localizado a 50 quilômetros de Vespasiano Corrêa. O homem de 42 anos identificado pelas iniciais N.F.O.G caiu de uma altura de 10 metros e ficou 12 horas em um barranco nas proximidades do túnel do V13 até ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Guaporé.
O fato aconteceu na quarta-feira, 7, por volta das 20h. Para os bombeiros, o homem disse que estava pescando e se perdeu na volta para casa. Ao tentar fazer o retorno com o automóvel Uno, trancou uma das rodas em um barranco.
Ele saiu para ver a possibilidade de retirar o carro do local, mas, com a escuridão, acabou se desequilibrando e caindo em meio à vegetação. Na queda, sofreu uma fratura exposta no tornozelo esquerdo e fraturou o punho da mão esquerda.
A situação só foi percebida por outro visitante que passava pelo local às 7h30min de quinta-feira, 8. Mesmo com as fraturas, o homem estava tranquilo e lúcido. “Disse que ficou torcendo para não chover e não fazer tanto frio na noite”, conta um dos bombeiros, Giancarlo Matiello Schettert, 34.
O resgate de alta complexidade durou duas horas. Devido ao barranco íngrime, os bombeiros tiveram de puxar a maca com ajuda de cordas amarradas no caminhão. “Tivemos que improvisar as amarras no guincho do caminhão mesmo. No fim deu tudo certo”, relata. Após a remoção, o homem foi encaminhado pelo Samu a um hospital da região.

Cuidado no V13

Homem foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Guaporé na manhã de quinta-feira

Homem foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Guaporé na manhã de quinta-feira


Acidentes no maior viaduto da América Latinha são frequentes, percebe Schettert, e inspiram a necessidade de cuidado às pessoas que visitam o local. “Trabalho desde 2018 na região, mas meus colegas relatam que pelo menos uma vez por ano é feito algum resgate no V13”, cita.
Entre os casos, o mais recente foi a morte do instrutor de rapel, Edines Tondin, em março do ano passado. Ele teria se desequilibrado durante descida com uma aluna no ponto do V13 conhecido como Garganta do Diabo.
Em 2017, o acesso de pedestres e veículos aos trilhos do V13 foi proibido pela Empresa Rumo. NA época, a alegação da concessionária responsável pela malha viária era a insegurança gerada pela presença de pessoas, assim como atrasos na logística dos transportes.
 

FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br

Acompanhe
nossas
redes sociais