O empresário Volmir Daltoé registrou boletim de ocorrência e estuda entrar na Justiça contra a RGE. Na mesa do escritório, distribui uma série de protocolos feitos no centro de atendimento da concessionária cobrando a solução na instabilidade do fornecimento de energia.
Durante o verão, Daltoé estima que a empresa de ferragens localizada no bairro Dom Pedro II trabalhou com 40% da capacidade em função da deficiência no abastecimento. “A tensão elétrica muda de 220 volts para 190 em segundos. Para não queimar, as máquinas se desligam automaticamente. Em um dia, chegamos a ter 26 paradas em função disso”, conta.
O problema é reforçado por João Führ, proprietário de prédios alugados nas proximidades. “Se uma empresa liga uma solda, outra fica sem poder trabalhar. É inadmissível que isso ocorra em uma cidade como Arroio do Meio”, acredita.
Nessa semana, a RGE instalou um novo transformador no local com a promessa de resolver os problemas. Entretanto Daltoé tem dúvidas se o investimento será suficiente. “Vamos ver se vai aguentar no verão, quando o consumo de energia aumenta”, desconfia.
Problemas recorrentes
A situação dos empresários da Dom Pedro II faz parte de uma série de críticas recebidas constantemente pelos vereadores. Para tratar sobre o assunto, Legislativo organiza uma reunião com representantes da RGE para o dia 21, às 16h, na câmara.
Além da instabilidade no fornecimento, o encontro vai abordar quedas frequentes e sequência de dias sem restabelecimento da luz. “Toda vez que ocorre um temporal, tem esses problemas. As demandas estão aumentando”, percebe a presidente do Legislativo, Adiles Meyer (MDB).
Outro problema, apontado por Marcelo Schneider (MDB), é as condições dos postes de luz. O vereador conta que foi procurado por moradores de Bela Vista e Rui Barbosa em função da precaridade da rede elétrica. “Tem postes com mais de 20 anos e nada de serem trocados”, lamenta.
Por e-mail, a redação do A Hora entrou em contato com a assessoria de imprensa da RGE, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br
