Participação  cidadã

Editorial

Participação cidadã

O exercício da cidadania pressupõe engajamento, voluntariado e participação. Especialmente em um momento de descrença em relação às instituições públicas e de apatia com os rumos da sociedade. A crescente indisposição da sociedade para participar da construção política é preocupante.…

O exercício da cidadania pressupõe engajamento, voluntariado e participação. Especialmente em um momento de descrença em relação às instituições públicas e de apatia com os rumos da sociedade.
A crescente indisposição da sociedade para participar da construção política é preocupante. Cada vez mais, o indivíduo se volta ao próprio umbigo, num movimento cada vez mais egoísta e com um impacto negativo à coletividade. Na lógica do cada um por si, perdem-se valores importantes, como o respeito, a gentileza e a empatia.
A presença das pessoas no momento das decisões coletivas é fundamental para manter a coesão social. Seja na reunião da associação de bairro, no círculo de pais e mestres da escola e, por fim, na eleição dos representantes políticos.
Incentivar os fóruns sociais é dar mastro à democracia. Como o país sofre com a instabilidade institucional, reforçar os processos coletivos se torna uma exigência. Transita pelos ambientes do Vale do Taquari que o perfil da região é de participação e engajamento.
Como o comportamento de engajamento e participação social não é um hábito, são necessárias iniciativas coletivas para fortalecer esses conceitos. Um exemplo é a Consulta Popular. Por meio da organização regional, se criam projetos específicos para cada localidade.
Hoje, a partir das 9h, o Auditório do Prédio 16 da Univates sedia a Audiência Pública Regional da Consulta Popular de 2019. Este é o primeiro movimento da série de atividades prévias a serem realizadas antes da Consulta Popular propriamente dita, ainda sem data definida.
Para este ano, esse processo participativo tem mais desafios do que habitualmente. O orçamento bastante reduzido entregue aos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) pelo governo do estado impõe a necessidade de um esforço maior para que a ferramenta se torne efetiva.
Instituído em 1998, o processo parte do princípio de ampliar a participação das pessoas na escolha das políticas públicas essenciais para determinada região.
Quando o cidadão se distancia, ele abre espaço para oportunistas. Ainda que sejam necessárias mudanças estruturais tanto na gestão como no modelo da política, a democracia ainda é o melhor sistema. E nada é mais democrático do que abrir a possibilidade de os eleitores escolherem investimentos prioritários às suas regiões.

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