Estudante de pedagogia e professora de Educação Infantil, Laura Dörtzbach, 20, moradora de Travesseiro, tem na fotografia um hobby. Autodidata, ganhou o concurso fotográfico de Travesseiro em duas categorias, em 2017
Quando surgiu a paixão pela fotografia?
Com quatro anos de idade, já me fascinava com a câmera preta (daquelas antigas) que minha família tinha, e à utilizava em alguns momentos especiais com a permissão de minha mãe. Naquela época, a câmera era vista por mim como um “objeto mágico” que me dava um tipo de poder: colocar no papel a vida. Desde lá, minha curiosidade e fascinação pela fotografia foi crescendo cada vez mais. Com dez anos, meu maior desejo era ganhar uma câmera digital que fosse capaz de mostrar as fotos instantaneamente na tela e que fornecesse a possibilidade de transmissão para outros dispositivos. Com o passar do tempo fui me aperfeiçoando com pesquisas na internet, conhecendo novas técnicas, utilizando novos programas, novas ferramentas e revelando em papel fotográfico as minhas primeiras fotos.
Como transferir a sensibilidade do fotógrafo para a imagem e fazer com que isso toque o coração das pessoas?
Vejo a fotografia como um registro da realidade, uma comprovação da existência e a eternização de algo valioso: o tempo. Por esses motivos, acredito que a sensibilidade está presente em qualquer fotografia. Todas são feitas através de um olhar e são capazes de guardar momentos ou instantes. Quando fotografamos algo, criamos uma imagem baseada naquilo em que vemos, ouvimos, vivemos e sentimos, e tudo isso envolve a nossa passagem pela vida, o que comove, encanta, emociona e toca o coração das pessoas.
Por que a fotografia é importante para a sociedade?
De um modo geral, as imagens são importantes e estão presentes na sociedade fortemente. São muito utilizadas em propagandas, divulgações, notícias e principalmente, nas redes sociais. Nos dias atuais, dificilmente encontramos alguém que não tenha um aparelho de captura de imagem, o que mostra a importância da fotografia na vida das pessoas, muitas vezes, de forma inconsciente. Criar memórias é algo incrível, nos permite relembrar momentos que seriam apagados com o tempo e não deixa que instantes sejam perdidos.
Uma imagem vale mais que mil palavras?
Sim. Quem me conhece, sabe que passei por momentos difíceis por conta de minha timidez e insegurança. Sempre fui uma criança muito quieta e possuía grande dificuldade em me expressar com quem não era de meu convívio ou com um grupo maior de pessoas. Hoje, posso dizer que utilizei a fotografia para interpretar sentimentos desde muito cedo, e por isso, afirmo que com uma imagem é possível se expressar. Além de ser uma linguagem artística que pode ser compreendida por todo o mundo, a fotografia foi uma das partes responsáveis por me “tirar do casulo” e me despertar para a vida.
EZEQUIEL NEITZKE – ezequiel@jornalahora.inf.br