Após um mês afastado dos trabalhos legislativos, o vereador Norberto Fell retornou à câmara na noite de ontem. Na tribuna, ele questionou o uso de diárias pelo secretário municipal da Fazenda, Henrique Lagemann. No início de julho, o secretário esteve em Bento Gonçalves para participar do 39º Congresso dos Municipários do Rio Grande do Sul, promovido pela Famurs, entre os dias 3 e 5 daquele mês.
O vereador afirmou ter visto e fotografado o secretário em Estrela em uma das noites em que recebeu pernoite. “Eu tenho foto dele, no dia 4, às 18h30, jogando futebol no Parcão. Na segunda-feira ele recebeu diárias como se estivesse em Bento na quarta e quinta de noite, tendo retornado na sexta”, declarou.
O secretário recebeu duas diárias com pernoite e uma simples. O Portal da Transparência registra o repasse de R$ 723,06. Para receber as diárias, é necessário comprovar estadia fora do município.
Fell encaminhou um pedido de informação ao governo. O vereador quer saber quais os dias em que houve deslocamento do secretário e de servidores, quem foi o motorista e quais os dias em que ele foi e voltou.
Créditos e calendário de eventos
Na sessão foram aprovados quatro projetos. Dois deles, de autoria do Executivo, tratavam de abertura de créditos nas secretarias da Educação e Planejamento e Desenvolvimento Econômico.
Outra proposta inclui no calendário de eventos do município o Baile de Dia dos Pais, realizado no próximo dia 10, na Linha Wolf.
Cidadão estrelense
Os vereadores aprovaram ainda projeto que concede título de cidadão estrelense ao médico Ademir Pivatto. A proposta é de autoria de Márcio Mallmann (PP). Natural de Roca Sales, Pivatto mora em Estrela desde 1993
“É conhecido em nossa cidade não somente pelo seu talento e dedicação no exercício da profissão de médico, mas também pela forma humanitária que trata seus pacientes, independente da classe social ou econômica”, justifica o proponente.
Retirado projeto sobre benefício a deficientes
No início da sessão, o governo retirou o projeto que tratava das regras para obtenção do Benefício de Prestação Continuada. A proposta adequa termos técnicos e reduz de quatro para dois salários mínimos o limite da renda familiar dos beneficiários. Hoje, o município paga meio salário mínimo aos portadores de deficiência física que comprovem impossibilidade de se sustentar. São 41 pessoas beneficiadas, o que representa um custo de R$ 20 mil mensais à Sedesth.
MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br