“Mente sã num corpo são” é a tradução em latim de uma citação pintada em letras de grande formato em um muro da área de recreação do meu colégio de São Bento em Olinda, Pernambuco. Lembrança, desde a minha infância, da importância da prática de atividades físicas e esportivas em nossas vidas.
Foi uma partida emocionante entre estes dois atletas que, associados ao espanhol Rafael Nadal, dominam este esporte faz mais de dez anos. Tenistas com idades entre 32 e 37 anos que continuam no auge de suas carreiras por muitas razões, mas que uma dentre elas se sobressai definitivamente: a paixão por este esporte.
O tênis exige do atleta grande força física e mental. Não é um jogo contra o relógio, mas sim contra as limitações de cada jogador, que são expostas pela destreza do seu adversário. Para se ter uma noção do que estamos falando, em 2010, uma partida deste torneio durou onze horas e cinco minutos. Neste ano, um jogo que estava prestes a ser definido, na conclusão do que seria o último ponto, a tenista britânica Tara Moore, que perdia por 0/6, 0/5 e o sexto game estava 30/40, conseguiu dar a volta por cima e vencer por 2 sets a 1. Comprovou que uma partida, por mais difícil que possa parecer, só acaba após o último ponto, e que nunca devemos desistir.
Gosto muito deste esporte, que joguei por muitos anos, e que agora espero pelo meu filho ter idade suficiente para começarmos a praticá-lo juntos. Nada contra o futebol, nossa grande paixão esportiva, que possibilita a exposição do talento individual do jogador, mas que é uma atividade, essencialmente, coletiva. Resultado da força da união de um grupo. Naturalmente, vai jogar bola com os amigos na escola e ajudará na sua socialização e formação de espírito de equipe. O tênis, na minha opinião, poderá ser de grande ajuda na formação desta força mental que este esporte, dentro das suas características, possibilita desenvolver: uma partida só acaba após o último ponto.
Opinião
Marcos Nesello
Empresário e arquiteto