Não sou mãe e sei apenas por depoimentos o quão desafiadora pode ser a amamentação. Relatos da minha avó, mãe e amigas próximas sempre estiveram repletos de amor, satisfação (e dor). Fico admirada com a capacidade da mulher de suportar tudo para dar ao filho aquilo que precisa. O desgaste físico e psicológico de acordar de madrugada quantas vezes o bebê sentir fome, a dor do parto, dos mamilos rachados e até mesmo das mordidas das crianças.
Eu fico refletindo no quanto pode ser pesado ter um serzinho que depende não somente de você mas do seu corpo para sobreviver. Penso que a gravidez não se resume apenas às 40 semanas em que o pequeno fica no ventre feminino. Na minha opinião, a gestação se estende ainda pelo menos seis meses quando a criança depende exclusivamente do corpo da mulher para se desenvolver da forma mais sadia possível.
Em diversos casos, os homens ganham apenas o espaço dos bastidores. Perdidos e com menos pesquisas do que a mulher fez antes do nascimento do filho, mal sabem como podem ajudar, mesmo que muito o queiram. A dica dada pelo pediatra João Paulo Weiand na matéria de saúde é valiosa para que se mantenha saudável toda a família. O homem fica no suporte. Ele se dispõe a fazer aquilo que pode, trocando fraldas, dando banho e criando com o bebê vínculos afetivos tão profundos quanto os da mãe.
Por outro lado, ainda exergo muitas mães superprotetoras que, talvez por instinto, assumem todas as responsabilidades para si.
Enxergam o companheiro errar duas, três vezes e não o deixam mais tentar. Em meio a mudança extrema de rotina que um filho causa, muitos pais acatam e não insistem. E no final das contas? Encontra-se mulheres sobrecarregadas, cansadas e debilitadas. É preciso aceitar dividir as tarefas com o companheiro e entender que vez ou outra cometerá erros. E está tudo bem!
Já passamos do tempo em que os pais só traziam dinheiro para casa e ajudavam vez ou outra. A divisão deve ser justa. Agora todo mundo segura o bebê enquanto chora, sem devolver para a mãe, viu?! Desejo um ótimo fim de semana a você! Boa leitura.
Opinião