Amante da arte em suas diversas formas, Gerson Luis Lenz, 57, é a mente criativa por trás do projeto Recital Café. É claro que ele já montou um time de muitos talentos. Afinal, a proposta é ousada: oferecer um café ao estilo francês, regado a muita música de qualidade.
No que refere à gastronomia, quem conhece o Gelu, como ele é mais conhecido, sabe que ele é produtor de pães caseiros. Há cerca de 15 anos, o alimento mais elementar da dieta humana, ao menos para o seu ambiente doméstico, é feito pelo próprio Lenz. Aprendeu ainda com a mãe, que sempre fez pão de aipim.
Com a repetição, aprendeu os segredinhos para que a massa – seja de aipim, de milho, integral – fique no ponto para assar e crescer como pede a tradição caseira. É um hobby que, além de estimular a alma de artista, ainda gera alguma economia em padaria.
A culinária é tão constante quanto a escrita em sua vida. Embora tenha apenas um livro publicado – Amores e Seus Valores –, os poemas são um ofício que ocupa seu tempo sempre que possível. Porém, é na música sua atuação mais expressiva.
Tenor da Orquestra de Concertos de Lajeado, ele decidiu unir dois gostos para oferecer uma tarde diferente. Foi assim que nasceu o Café Recital. A primeira edição do evento ocorre no dia 18 de agosto, um domingo, n’O Gato da Praça, às 15h30.
Os ingressos custam R$ 60 e são limitados (podem ser adquiridos com os organizadores, pelos contatos 980411648 ou 980526964). Quem vai comandar a produção gastronômica é a confeiteira Carina do Nascimento, de Cruzeiro do Sul. A ideia é que comida e música sejam as estrelas do encontro, sendo intercaladas em um roteiro especialmente preparado para a ocasião.
“Queremos que as pessoas saiam gastronômica e culturalmente saciadas.” O embalo fica por conta dos músicos Miriam Ludwig (no piano), Gustavo Kich (violino I) e Gabryele Gerhardt (violino II), além de apresentação da Cia de Danças My Way.
Ele não dá todos os detalhes para não estragar a surpresa, mas já adianta que a equipe terá todo o treinamento para dar ares europeus ao encontro. Além das apresentações instrumentais, a tarde será embalada por música ambiente francesa.
A ideia é realizar o Recital Café periodicamente, sempre em um local diferente. Por isso, ele já está em busca de um estabelecimento bacana em Lajeado. Se tudo der certo, a segunda edição será definida a tempo de ser anunciada durante a primeira.
Quando questionado sobre qual arte mais alimenta sua alma – a gastronomia, a escrita ou a música – ele prefere não eleger um filho favorito. “Tem uma palavra que une tudo isso: é amor!”
