Mais um cemitério situado no interior do município foi alvo de vandalismo nesta semana. Materiais foram furtados de cerca de 90 túmulos na madrugada da última quarta-feira, 31, na localidade de Linha São José, chocando e revoltando a comunidade.
O prejuízo estimado com a ação dos vândalos foi de aproximadamente R$ 38 mil, segundo o tesoureiro da Comunidade Católica São José, Francisco Mallmann. Vizinho do cemitério, ele foi informado na manhã de ontem por moradores.
“Tiraram toda a identificação de metal da maioria dos túmulos, além de furtarem outros itens. Levaram letreiros, crucifixos, imagens de santos. Só ficou a lápide”, lamenta.
Mallmann lembra que o cemitério já foi alvo de vandalismo em outras oportunidades, sendo que a última ocorreu há três anos.
“Muitas famílias de pessoas sepultadas no local residem em cidades vizinhas, como Bom Retiro do Sul, Colinas, Imigrante e Teutônia. Ainda não conseguimos comunicar todas do ocorrido”, explica.
Foi registrado boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Estrela, que vai investigar o caso. “Infelizmente desrespeitam até quem está no descanso eterno. Foi uma atitude horrível”, resume Mallmann.
Rotina de furtos em cemitérios
Há três dias, o Cemitério Evangélico de Beija Flor também foi alvo de vandalismo, indignando moradores do Costão. Foram furtados materiais metálicos em cerca mais de 50 túmulos na madrugada do último domingo, segundo representantes da diretoria da comunidade.
Na maioria dos túmulos violados, os ladrões levaram o crucifixo de metal. Em outros casos, foram arrancadas também o letreiro e até a moldura com fotografia do sepultado. Integrantes da comunidade inclusive outro crime no local, caso os túmulos sejam consertados.
Desde agosto do ano passado, conforme levantamento recente feito pela reportagem, já são pelo menos nove cemitérios vandalizados no Vale do Taquari. Os demais aconteceram em Marques de Souza, Pouso Novo, Lajeado, Arroio do Meio e Teutônia.
Em Estrela, é o quarto caso em oito meses. O delegado de Estrela, Juliano Stobbe acredita que os crimes podem ter sido cometidos pelo mesmo grupo de bandidos.
MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br
