O investimento feito pelo município na reforma de um pavilhão foi alvo de questionamentos na câmara de vereadores, nessa terça-feira, durante participação do secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Sidnei Eckert.
Quando o representante do Executivo citou a necessidade de qualificação da mão de obra no município, a vereadora de oposição Aline Kohl (PP) questionou sobre um curso profissionalizante, previsto para ocorrer no município este ano.
A oficina de qualificação voltada à indústria láctea seria oferecida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no pavilhão da antiga associação da Reifer, no bairro Canabarro. No local, são oferecidos cursos profissionalizantes direcionados à indústria calçadista.
A vereadora foi informada de que a atividade havia sido transferida para Lajeado. “Essa informação nos pegou de surpresa”, afirma.
Em novembro de 2018, os vereadores aprovaram um projeto de lei, de autoria do executivo, que renovou o aluguel do espaço, cedido ao Senai para a realização de oficinas. A proposta trazia o aumento do valor mensal de R$ 3,5 para R$ 8,9 mil. Em um ano, o aumento representa R$ 64,8 mil ao município.
Necessidade de reforma
De acordo com Aline, a justificativa do governo para o aumento foi a necessidade de reformar a rede elétrica para suportar os equipamentos. No local seria montada uma espécie de mini indústria.
“Na época, pedimos que a justificativa detalhasse no que seria investido o recurso. Disseram que não seria possível, mas deram a palavra de que era para a instalação do lácteo. Temos muitas empresas do ramo no município, este é um curso que gostaríamos muito de ter aqui”, lamenta.
Hoje à tarde, um grupo de vereadores deve visitar o local para verificar a execução da reforma. Procurado pela reportagem, Eckert afirmou que assumiu a pasta há apenas quatro meses e que não está inteirado sobre o assunto. As questões foram encaminhadas ao subsecretário, Mateus Mühl. Até o fim desta edição, o governo não havia se manifestado.
Projeto
O projeto de lei apresentado pelo governo e aprovado pelos vereadores previa a renovação do aluguel do local pelo prazo de um ano, com possibilidade de nova renovação até o limite de 60 meses. De acordo com o texto, o contrato passou a valer a partir de 14 de setembro, de forma retroativa.
O valor da locação foi definido a partir de avaliação do setor de Engenharia da Secretaria de Planejamento e Mobilidade Urbana.
MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br