Perto da principal área comercial da cidade, a rua Francisco Reinoldo Sulzbach é constante alvo de descartes irregulares de entulhos. Quase todos os dias, o morador do bairro Montanha, Carlos Eduardo de Azevedo, 54, estaciona o carro por ali para resolver assuntos profissionais da empresa de autopeças da qual é proprietário. Ele já havia percebido a sujeira provocada pelo material descartado, mas da última se surpreendeu com a quantidade de lixo espalhado.
Azevedo entende que há casos em que falta informação sobre o descarte correto, mas em outros consistem em irresponsabilidade social. Desde que abriu a empresa em 2001, ele realiza medidas de reciclagem e venda de materiais como plástico e papelão, além de uma composteira feita em casa.
“Também existe a questão de às vezes não haver locais adequados para o descarte, com lixeiras quebradas ou escondidas”, comenta.
No bairro Montanha, moradores falam da irresponsabilidade social com a destinação correta do lixo
“Em todo lugar”
O Montanha é um dos bairros em que a situação também ocorre. Um morador de 48 anos explica que, além de entulhos, há muito lixo verde no bairro, e que o governo municipal muitas vezes demora para recolher. Em outros casos, as equipes passam para coletar em pontos específicos, por isso gera acúmulo de lixo nestes locais. “Não é o correto, mas acaba acontecendo”, opina.
Outro morador do bairro entende que falta responsabilidade comunitária para o cuidado com o meio ambiente e com o descarte do material. “Falta educação das pessoas, elas colocam em qualquer lugar. Não colocam nem nas lixeiras”, lamenta. O morador também relata casos em que pessoas jogam sacolinhas de lixo nas áreas verdes do bairro.
Orientação da Secretaria
O secretário de Meio Ambiente, Luiz Benoit, afirma que não há uma lei específica relativa à destinação incorreta de resíduos. Contudo, o governo municipal orienta os cidadãos que precisam descartar materiais a comunicarem a administração para que o recolhimento seja efetuado.
“Até porque muitos materiais podem ser reaproveitados”, comenta. “O que é ruim para alguns, pode ser bom para outros”.
BIBIANA FALEIRO – bibiana@jornalahora.inf.br
