Juntos somos mais fortes

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor editorial e de produtos

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Juntos somos mais fortes

Velho jargão se aplica à articulação regional para invocar intervenção estadual nas nossas prioridades

A foto da comitiva do Vale do Taquari reunida com o governador Eduardo Leite, nessa terça-feira, traduz um tripé de forças: política, institucional e empresarial. Ainda que a resposta do Piratini não seja das mais animadoras – só apresentará novos rumos para a 129 e a 130 em dois anos – a mobilização conjunta de entidades, empresas e líderes políticos demonstra um alinhamento entre as idéias regionais.
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Codevat, CIC-VT e Amvat juntos multiplicam o poder de argumentatividade, de respaldo e traduzem uma articulação mais coesa. Ao reunir empresários, prefeitos, presidentes de entidades e dois deputados para pressionar o estado a se posicionar diante do desserviço da EGR, o Vale dá uma recado claro sobre o que quer da rodovia.
A postura adotada nesta audiência com o chefe do Palácio Piratini é mais acertada do que liderar movimentos individuais. Não raras vezes, diferentes comitivas formadas por diferentes entidades regionais levavam as mesmas reivindicações ao governo estadual. Mostrava, entre outras coisas, desarticulação local e uma nítida falta de alinhamento entre as partes.
A mobilização desta semana deve servir de exemplo para outras demandas. Pouco – ou quase nada – adianta, isoladamente, bater às portas do governador ou dos secretários de Estado, apresentar reivindicações que dizem respeito à região toda. Isso faz o próprio governador ou secretários terem dificuldade em distinguir sobre o que realmente é prioridade.
Comitiva representativa como essa, da foto, não pode ser invocada para cobrar mais sal na cuca das padarias da região. É preciso fechar questão nas demandas prioritárias e ir com peso até a capital para as frentes que realmente são estratégicas para o desenvolvimento do Vale. Parabéns a todas as entidades e líderes que integraram a comitiva. Me parece este um caminho mais promissor para retomarmos nossa representatividade e poder de persuasão em nível estadual.

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É a quantidade de policiais que o governo estadual enviará para os 36 municípios do Vale do Taquari, conforme deu em primeira mão o A Hora no fim de semana.
O número ainda é pouco diante do déficit de 410, levantado pelo Codevat e a Amvat. Por outro lado, é um alento, especialmente para 14 municípios da região que hoje têm efetivo inferior a cinco policiais. Nestes, o número de soldados voltará a ser de pelo menos cinco.

Fator humano na Multifeira

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O slogan da Multifeira 2019 acertou o alvo. “Gira em torno da gente” combina com o evento, promovido e organizado por muitas mãos. A evolução da feira, lançada pela primeira vez em 2010, foi a síntese do discurso de Henrique Purper, presidente da comissão organizadora. Ao enaltecer o fator humano do evento, consegue estabelecer uma conexão com os diferentes públicos e setores que compõem o evento. A Multifeira ocorre de 4 a 8 de setembro, no Porto de Estrela.

E a política?

Como de costume, agitam-se os bastidores políticos em todas as cidades regionais. Fala daqui. Especula dali. Projeta de lá. Insufla por cá. Critica mais. Critica menos. É um “Deus nos acuda” e pula-pula que o cidadão já nem sabe mais quem é de um lado ou de outro.
Mas isso não é o pior. O que pouco se ouve diante dessas mobilizações em busca do poder é sobre o propósito de quem se apresenta para as candidaturas a prefeito. Ou seja, quais serão os planos para as cidades?
Conhecendo a aldeia e o histórico, os projetos se resumirão em torno da conquista do poder e muito pouco em torno do desenvolvimento social ou econômico dos municípios. Salvo raras exceções, a primeira preocupação é sempre a conquista do voto e não o projeto para os donos dos votos.

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