Devoção e voluntariado

Lajeado

Devoção e voluntariado

Paróquia completa 138 anos e fiéis dão exemplo de integração

Devoção e voluntariado

Homenagem a Santo Inácio de Loyola, padroeiro de Lajeado, reuniu cerca de 550 pessoas no novo salão social da Matriz

“Viva a Santo Inácio, o nosso padroeiro, e viva ao nosso novo salão”. Com essa saudação, o padre Antonio Puhl encerrou a benção da primeira festa em homenagem a Santo Inácio de Loyola. O evento ocorreu nesse domingo e faz parte das comemorações pelos 138 anos da paróquia.
A programação começou com missa na Igreja Matriz e seguida com almoço festivo no salão construído graças aos esforços da comunidade. “Essa obra não é da igreja, do padre ou de qualquer outra pessoa. Isso é das pessoas de Lajeado”, realça o padre.
O pároco está faz 21 anos na Igreja Santo Inácio de Loyola e reforça a participação dos membros no fortalecimento da paróquia.
“Ao longo desses anos, tudo o que fizemos, a restauração na igreja, a casa paroquial e agora com o novo salão social, só aconteceu graças ao envolvimento dos fiéis.”
A inauguração oficial do espaço está programada para novembro. “Ainda faltam alguns detalhes. Está quase tudo pronto. Agora é uma questão de ajustes”, conta Renato Zanella. Ele e a esposa, Tânia, são o casal presidente do Conselho da Comunidade da paróquia. O total de membros da Matriz, calcula Renato, está em 5 mil pessoas.

Força voluntária

O preparo dos almoços teve a colaboração de 20 pessoas. Os casais são membros da paróquia e carregam consigo a história de trabalho em prol da comunidade. Entre eles estão Tânia e João Gilberto Barzotto, mais conhecido como Xyko.
A grafia personalizada é uma marca registrada. “Anota certo aí. É ‘X’, depois ‘y’, sim ‘y’ mesmo. Agora o ‘k’ e o ‘o’. Isso. O meu ‘Xyko’ é diferente”, diz enquanto confere as anotações do repórter. Ele e a esposa trabalharam na cozinha. “Mais um ano. É muito bom ajudar. Acho que os mais jovens quando participarem dessas experiências, eles vão gostar também”, diz Tânia.
A tradição de ser voluntário começou com a família, diz Tânia. “Eu vinha com os meus pais e assim se criou esse gosto. Eu os acompanhava, via ajudando na comunidade e aprendi a importância dessa integração.”
Na coordenação do almoço estava o casal Luciana e Jackson Becker Delving. O planejamento da festa começa um ano antes, contam. A partir de encontros e conversas com outros membros do conselho, se elabora de que forma será a programação.
Quando a data se aproxima, o trabalho ganha intensidade. “Para este ano, faltou cartões”, diz ele.

Lição de envolvimento

O casal Delving elogia o envolvimento dos demais. “Tudo é possível devido a esse envolvimento.” Uma constatação permanente em diversos eventos comunitários, é a dificuldade em atrair a juventude, em especial dos adolescentes.
Na avaliação de Jackson, os adultos devem dar o exemplo e também cobrar. “Lá em casa, pelo menos uma vez por semana, meus filhos tem de ir à missa. Do contrário, ficam sem os eletrônicos.”

Quatro churrasqueiros

A escolha da carne, a preparação do fogo e toda a lida, entre salgar, espetar e assar reforça um costume típico do gaúcho.
Quando se trata de um almoço para 550 pessoas, a responsabilidade aumenta. “Não deixa queimar. Olha aí ó. Essa torrou.

Barbaridade, que pedaço salgado. Não bateu o sal?”.

Entre as conversas, um desavisado pode pensar que se trata de uma discussão. Na verdade é a busca da sintonia entre Janio Rodrigues Pinto (o Kico), Daniel Ferronato, Edmar Valdir Watte e Dilson Piloneto.
São 11h, a missa está no fim e daqui a pouco começam a chegar as famílias. Uma parcela dos 345 quilos de carne está pronta. Guardada em um recipiente que mantém o calor. Mas a maior parte ainda está sobre o balcão. Espetada e aguardando o sal grosso.
O braseiro pronto desde o início da manhã emana o calor e agiliza o preparo da carne. “Agora é a hora. Vamo toca!”, orienta Dilson. “Fotógrafo, vem daqui a pouco, quando tiver tudo na churrasqueira para a imagem ficar mais bonita”, brinca Kico.
Os convidados vão chegando, e muitos passam para ver a carne e cumprimentar os quatro. “Aqui é o melhor lugar”, diz um senhor. “Então chega. Experimenta uma lasca”, responde um dos churrasqueiros. Assim é um almoço quando os gaúchos se juntam.

Mapa da Cidade

A participação do Grupo A Hora nesse domingo faz parte do projeto Mapa da Cidade, patrocinado pela CBM Materiais Elétricos, Debianchi Ótica, Arla Cooperativa, Senac e Mari Perin Móveis Planejados Finger.
 


 

FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br

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