Concessão de ERSs vai demorar mais dois anos

Vale do Taquari

Concessão de ERSs vai demorar mais dois anos

Reunião de comitiva regional com governador não teve avanços concretos, de acordo com empresários. Duplicação da 130 vai depender do pedágio

Concessão de ERSs vai demorar mais dois anos

A previsão é de que nos próximos dois anos, a região não veja mudanças significativas nas condições das rodovias. Este é o prazo estimado pelo governo do estado para os estudos de modelagem da concessão. O governador Eduardo Leite confirmou que as ERSs 130 e 129 serão incluídas no plano de concessões do BNDES.
Ainda em agosto, Leite assina um termo aditivo com o banco, que dará início à avaliação das ERSs. Este estudo servirá de base para a modelagem da concessão, que deve levar dois anos para ser concluída. Até lá, as rodovias seguem sob responsabilidade de Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).
O governador deixou claro que o estado não tem recursos para investir nas rodovias e que o custo das melhorias terão de ser suportados pela cobrança de pedágio. A duplicação da ERS-130 no trecho entre Muçum e Venâncio Aires, reivindicada pela comitiva, também depende da avaliação de viabilidade.

Empresários veem pouco avanço

A reunião foi agendada pela Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT). A comitiva foi composta ainda pelo Conselho de Desenvolvimento (Codevat), prefeitos, e representantes de três empresas: Dália Alimentos (Encantado), Girando Sol e Valelog (ambas de Arroio do Meio).
Na avaliação dos empresários, o resultado positivo do encontro foi a aproximação dos líderes regionais com o governador, que demonstrou boa vontade em relação às pautas regionais.
“O governador entende a necessidade das melhorias, tem interesse em fazer, só que não tem dinheiro”, afirma o presidente da Vale Log, Adelar Steffler.
Para o diretor da Girando Sol, Gilmar Borscheid, o saldo positivo do encontro foi a mobilização regional. “Para acontecer a duplicação da ERS-130 vai ter que ser com os recursos do pedágio. Como isto está trancado, não enxerguei nenhum avanço imediato a não ser trâmites internos do governo. Não há nada de concreto sobre a duplicação.”
O governador confirmou que as rodovias estão entre as prioridades do Estado em termos de ampliações.

EGR será extinta, mas não agora

No encontro, o governador e demais integrantes do governo voltaram a afirmar a EGR será extinta e que a malha de rodovias será concedida à iniciativa privada. No entanto, a autarquia só será fechada após o governo resolver o destino das rodovias.
O governo considera inviável lançar um único modelo para repassar os mais de 700 quilômetros mantidos pela empresa pública.
Na avaliação do Piratini, áreas com alto fluxo e alta rentabilidade teriam diversas interessadas enquanto rodovias com menor potencial econômico seriam deixadas de lado. A solução seria unir trechos rentáveis com outros de menor movimento, como forma de equilibrar o interesse das concessionárias.
 

MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br

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