O desenvolvimento da região tem algumas barreiras estruturais de difícil solução. Perpassam o abastecimento de energia elétrica, o serviço deficitário de telefonia e internet, os imbróglios na conjunção entre economia e questões ambientais.
Aspectos macros e com impacto nos negócios futuros. Afora estes, tem um que é contínuo e atrapalha no dia a dia, seja dos trabalhadores, das famílias ou das empresas. A infraestrutura rodoviária defasada para a logística e a locomoção das pessoas.
Nas estradas estaduais se tem uma imagem clara do quanto o Rio Grande do Sul ficou para trás nas últimas décadas. Enquanto as indústrias produzem para o mercado consumidor do Brasil e do exterior, as vias têm a mesma dimensão da década de 80.
A ERS-130 é a mais latente dessa carência de infraestrutura rodoviária. Pista simples, com diversos acessos secundários em pouco espaço, sem condições de dar vazão ao fluxo diário. Estima-se que entre Encantado a Lajeado, mais de 28 mil veículos por dia passem pelo trecho.
Como resultado, engarrafamentos e perigo de acidentes. Do ponto de vista do desenvolvimento econômico, indústrias seguram investimentos e estratégias de negócios por deficiência em escoar as produções.
A análise da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT) é de que a condição da rodovia míngua as empresas. Inviabiliza os negócios, nas palavras do presidente Pedro Barth. Tanto que essa preocupação será a temática central da reunião de hoje com o governador Eduardo Leite.
O Vale precisa saber o que o Estado pretende fazer. Cabe ressaltar, se trata de uma rodovia pedagiada, sob os cuidados da EGR, mas que não recebe uma melhoria estruturante condizente com as necessidades da população regional.
A autarquia começou com uma ideia de aproximar a comunidade. De, por meio deste contato, estabelecer prioridades e planejar as obras de acordo com a capacidade financeira. Para agilizar o processo, os municípios lindeiros da 130 dividiram as despesas e custearam o projeto executivo para ampliações e duplicações da pista.
Neste primeiro encontro oficial da comitiva regional com o governador, a expectativa é ter alguma luz de como e quando a EGR deixará a gestão da rodovia. A partir disso, como será a concessão das rodovias estaduais que cruzam o Vale do Taquari?
Editorial
Parado na pista
O desenvolvimento da região tem algumas barreiras estruturais de difícil solução. Perpassam o abastecimento de energia elétrica, o serviço deficitário de telefonia e internet, os imbróglios na conjunção entre economia e questões ambientais. Aspectos macros e com impacto nos negócios…