Na noite de sábado, 27, por volta das 22h30, dois homens foram encontrados mortos no posto Superporto, no Bairro das Indústrias. A Brigada Militar foi chamada por pessoas que escutaram os disparos de arma de fogo. O posto estava fechado no momento do ocorrido.
A guarnição encontrou o corpo de Ezequiel Sulzbach Silveira dentro de um automóvel Peugeot 206, com seis perfurações de bala, no peito e no rosto. De acordo com a Polícia Civil, ele tinha antecedentes por tráfico de drogas. Na sua cintura, foi localizado um revólver calibre 38 com seis balas intactas. No veículo, a polícia encontrou um carregador, uma balança de precisão e drogas.
O veículo estava próximo à lavagem, que não funcionou ontem, interditado pela Perícia. No chão, ainda havia marcas de sangue.
Na garagem do posto, foi encontrado o corpo de Carlos Eduardo Silveira, que trabalhava no local como vigilante. O corpo tinha uma perfuração de bala. Próximo havia um revólver calibre 38 com duas balas intactas e dois cartuchos usados. O homem tinha antecedentes por crimes de menor potencial ofensivo.
Discussão e troca de socos
A delegacia do município investiga as duas mortes. A principal hipótese é de que o vigilante tenha baleado Ezequiel e cometido suicídio logo depois. “Tem testemunhas oculares de que o homem que se matou teria matado o outro”, afirma o delegado de Estrela, Juliano Stobbe.
De acordo com os relatos, Ezequiel estacionou o veículo próximo à lavagem, que estava fechada. Em seguida, Carlos Eduardo se aproximou do veículo. Os dois conversaram por alguns minutos, se exaltaram e chegaram a trocar socos.
O vigilante teria então se afastado e disparado contra a vítima, que permanecia sentado dentro do carro. Ao chegar ao local, os brigadianos escutaram o último disparo e encontraram o homem morto.
O que falta descobrir
A Polícia Civil ainda não sabe qual a motivação do crime. A principal hipótese é de relação com o tráfico. Entretanto, não estão descartadas outras possibilidades como briga ou questão passional.
“O motivo não se tem. Mas com certeza não foi aleatório. Era uma questão entre eles. Que eles se conheciam e chegaram a discutir é certo”, define o delegado.
Outro aspecto que será apurado é de que arma partiram os disparos que mataram Ezequiel. No local foram encontrados apenas os dois revólveres junto aos corpos. Porém, a arma de Carlos Eduardo possuía capacidade para apenas cinco balas. Neste caso, ele teria que descarregar o revólver, carregado mais uma bala e disparado novamente.
MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br