Com plantas de até R$ 30 mil,  evento reúne adeptos da arte bonsai

Lajeado

Com plantas de até R$ 30 mil, evento reúne adeptos da arte bonsai

Exposição e venda de miniaturas ocorrem durante o fim de semana, no Parque do Imigrante

Com plantas de até R$ 30 mil,  evento reúne adeptos da arte bonsai

Cerca de mil plantas estarão expostas durante o Bonsai Gaúcho, evento que ocorre neste fim de semana, no Parque do Imigrante. Nos dois dias, a atração é aberta ao público, que poderá comprar as pequenas árvores por valores unitários que variam entre R$ 50 e R$ 30 mil.
Quem organiza a atração é o bonsaísta de Lajeado Daniel Haetinger, com apoio da prefeitura. Ele explica que o Bonsai Gaúcho ocorre anualmente, sempre em uma cidade diferente. A ocasião é também o encontro das associações gaúchas. Esses grupos farão demonstrações sobre técnicas de moldes durante a exposição. A mostra será no pavilhão 4, das 9h às 18h, com entrada franca.
O espaço também terá área restrita a inscritos. Esse grupo participa das atividades técnicas da programação. Os workshops e palestras serão conduzidos por dois importantes profissionais da área. Um é o italiano Mauro Stemberger, um dos maiores artistas da atualidade e dono de uma das melhores coleções de bonsais da Europa. O outro é o brasileiro Felipe Dallorto, com especialização na Itália e Japão.
Segundo Haetinger, o aprendizado sobre bonsai tem muita procura por quem busca um passatempo. Além disso, as miniaturas ajudam a manter o verde em apartamentos e residências com pouco espaço.
Porém, o ofício exige paciência. O crescimento da planta se define basicamente pelo tamanho do vaso, mas o formato precisa ser moldado periodicamente. Apenas assim é possível reduzir a menos de um metro uma árvore como o pinheiro, que normalmente chega a 30 metros de altura, ou a figueira, cuja copa pode atingir 20 metros de diâmetro. “Mas uma vez que se aprende as técnicas, isso vicia. Vai querer sempre aprender mais”, comenta.
O próprio Haetinger começou a estudar sobre o assunto, em 1995, por hobby. Depois, percebeu que havia um nicho comercial a ser explorado, já que na época era ainda mais difícil encontrar equipamentos e informações da área. Fez formações na Europa e na Ásia, e ensina alunos em um sítio.
Ele ressalta que o tempo é um dos fatores que mais impacta no preço dos espécimes. “Uma árvores às vezes leva 15 anos para ser trabalhada. Então, o valor acaba sendo justo”, conclui.
 

GESIELE LORDES – gesiele@jornalahora.inf.br

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