O aparato tecnológico transforma a realidade da sociedade. No mundo do trabalho, essa sentença é o limiar entre o sucesso profissional e a exclusão. Em duas atividades fundamentais, agricultura e transporte, esse processo se acelerou nos últimos dez anos.
Neste dia dedicado a São Cristóvão, padroeiro do colono e do motorista, reportagem das páginas 6 e 7 mostra como a inovação alcançou esses trabalhadores. A mão de obra deixa para trás velhos padrões e criam-se novas exigências.
As inovações atingem o campo da automação nas propriedades e o controle, monitoramento dos caminhões. Por conta disso, é possível estabelecer processos cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis.
Nesse contexto, a tendência é de máquinas substituírem gradativamente a participação humana. No mercado, o trabalhador terá de ser mais do que um executor de tarefas, sob risco de perder espaço e o emprego. A mão de obra sem qualificação terá dificuldade para romper as barreiras dos novos tempos.
No Brasil, e em consequência no Vale, essa situação ainda não é uma realidade. Os efeitos não foram sentidos devido ao atraso na inserção das novas tecnologias. Mas o processo é gradativo. Aos poucos esses sistemas se capilarizam, seja no campo, na cidade ou nas estradas.
A diversidade do Vale do Taquari é uma das qualidades e forças de uma região que atrai cada vez mais a atenção do RS. Essa característica proporciona desenvolvimento econômico, reduz a incidência de crises e garante índices muito próximos do pleno emprego. Ao passo em que no Brasil se acompanha um aumento no índice de trabalhadores informais, o Vale criou mais de mil vagas de trabalho com carteira assinada nos primeiros cinco meses deste ano.
Transformação em curso, com uma nova relação entre produção e trabalho, em todos os setores. De fato, quem não se adaptar, ficará para trás. A transformação digital também causa desemprego. O assunto inclusive foi abordado em 2017 no Fórum Econômico Mundial, em Davos. O gerenciamento de mudanças tecnológicas apresentando desafios no mercado de trabalho foi analisado como um dos aspectos de risco global. Estima-se que até 2020, serão fechados 7,1 milhões de postos de emprego.
