Mais de 50 moradores do São Cristóvão participaram da reunião do projeto “Prefeitura no Bairro”. Encontro ocorreu na noite de terça-feira, 23, na sede do S.E.R São Cristóvão e serviu para a comunidade apresentar pedidos de melhorias à administração municipal.
Um dos temas abordados foi a manutenção ruim ou falta de calçadas no bairro. A moradora Tânia Pallaoro trouxe o exemplo da Rua Josephina Pedó. Conforme ela, há locais onde inexiste passeio faz mais de uma década.
A rua serve como ligação secundária da BR-386 até o São Cristóvão, por isso tem um fluxo constante de veículos. “É perigoso para quem caminha, ainda mais nos pontos onde não há calçadas”, percebe Tânia.
Prefeito Marcelo Caumo lembrou que a construção das calçadas é responsabilidade dos moradores. Entretanto, devido a várias situações de descaso, informou que o Executivo possui projeto para ratear os custos da obra com a população. “Percebemos que as pessoas não estão fazendo a calçadas e por isso o governo vai se juntar e fazer um grande mutirão no município”, prometeu.
Na área da infraestrutura, moradores também pediram a abertura da Rua São Paulo até a Avenida Senador Alberto Pasqualini para criar mais uma rota aos motoristas.
Outro pedido foi a instalação de uma escadaria nas proximidades do túnel da ERS-130, entre os bairros São Cristóvão e Santo André. Objetivo é criar uma descida para pessoas que param na rodovia não precisarem atravessá-la e utilizarem o túnel.
A administração municipal aproveitou a reunião para apresentar os projetos Pacto pela Paz, Promove e novo Plano Diretor.
Academia ao ar-livre
João Dick, 61, falou sobre pedido antigo para instalação de uma academia ao ar-livre na praça da Rua Pernambuco. Em 2018, moradores organizaram um abaixo-assinado solicitando os equipamentos, destaca Dick. Conforme ele, sem melhorias a praça está abandonada e é ponto de consumo de drogas.
O prefeito informou que não há previsão para a instalação da academia ao ar-livre na praça. “Temos experiências em que a academia é bom nos primeiros meses. Depois o pessoal para de usar”, defende. Em contraste, Caumo prometeu melhorias na iluminação do local e troca da cerca.
Falta vaga nas creches
O assunto foi abordado pela moradora Lígia Quevedo, 37. Faz dois meses, aguarda uma vaga para a filha Ana Alice. A moradora citou supostos casos de beneficiamento e prometeu entrar via judicial caso não consiga matricular a criança. “Acho um absurdo. Vou ter que largar meu emprego, pois não tenho como pagar alguém para cuidar”, afirma.
Caumo reconheceu que a falta de vagas na educação infantil é um dos principais problemas em Lajeado. Conforme ele, dificuldade maior é encontrar professores. “Estamos dispostos a comprar vagas em creches particulares. Mas não há profissionais para cuidar dessas crianças”, reforçou. O prefeito também prometeu averiguar os supostos casos de beneficiamento citados pela moradora.
FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br
