O projeto de lei para oficializar a Rota da Inovação em Lajeado está praticamente concluído. A matéria será enviada à câmara nos próximos dias e prevê, entre outros detalhes, a isenção de IPTU e ITBI – por determinado tempo – para as empresas do setor de inovação e tecnologia interessadas na área delimitada entre as ruas Bento Rosa e Osvaldo Aranha, às margens do Rio Taquari. O governo também prevê uma alíquota sobre as atividades diferenciadas e propõe a criação do “Selo da Rota” para identificar os empreendimentos. É o Pro_Move saindo do papel!
A Lei da Rota da Inovação é debatida pelo Conselho Municipal de Tecnologia e Inovação (CMTI) faz alguns meses. O debate ocorre paralelamente ao lançamento de um edital para o fomento de novas startups e ideias inovadoras, com aporte financeiro do fundo gerenciado pelo mesmo grupo. São duas grandes jogadas do movimento Pro_Move para implantar um novo ecossistema em Lajeado, voltado para este novo mercado que se estabelece mundo afora. O governo aposta em uma política pública de longo prazo. Apartidária, acima de tudo.
Sobre a rota, a área delimitada foi estrategicamente estudada para se tornar referência nacional. E tem todos os ingredientes para tal. O trecho interliga o Parque Tecnológico da Univates com o Centro Antigo da cidade, seguindo modelos de sucesso mundo e Brasil afora, como nas cidades de Recife e Barcelona. Recuperar os prédios antigos com a instalação de startups ou espaços de coworking nestes locais é um dos planos do CMTI. E a proximidade com a BR-386 e com o Rio Taquari é um convite e tanto para todo e qualquer empreendedor.
Antes de tudo, porém, será preciso melhorar o aspecto da área delimitada. A via estreita e má conservada – principalmente no trecho da Rua Bento Rosa – é um verdadeiro “espanta neném”. À noite, então, o breu toma conta da via e afasta a sociedade daquela ciclovia à beira rio. Da mesma forma, o belvedere da Rua Osvaldo Aranha está minguado. Placas deterioradas, muros caindo aos pedaços e um Porto dos Bruder que não passa de um barranco ajeitadinho acenam em desespero. Será um longo caminho!
Privatização das rodovias
Presidente da Câmara de Encantado, Luciano Moresco (PT), demonstra indignação com a reunião da Amvat e Codevat com o Secretário Estadual de Governança, Cláudio Gastal, que havia sido marcada para dia 1º de agosto e ontem foi cancelada. O evento será remarcado e é referente à privatização das estradas estaduais – em especial a ERS-130 e a ERS-129. Ele teme um contrato que só beneficie a empresa e critica o local escolhido inicialmente para o encontro, a cidade de Arroio do Meio (foto). “Precisa ocorrer aqui em Encantado. É a região alta que paga pedágio. O Secretário deveria passar pela nossa praça e conhecer nossas estradas.”
Três décadas de problemas
O Departamento Médico Legal – antigo IML – instalado em Lajeado sofre com problemas de infraestrutura desde sua inauguração naquele local, há exatos 30 anos. Falta de equipamentos e equipe reduzida causam transtornos históricos. No fim da década de 80, após o Hospital Bruno Born (HBB) anunciar o fechamento do IML que até então funcionava dentro da instituição, a obra da nova estrutura ao lado da rodoviária partiu da iniciativa popular, por meio de entidades civis e auxílio do governo de Lajeado. O Estado sempre ficou devendo, e, pelo jeito, vai permanecer assim.
Codevat e Amvat em POA
A quarta-feira será movimentada na capital gaúcha. Representantes do Codevat e Amvat estarão juntos em Porto Alegre para uma série de encontros. Pela manhã, o grupo se reúne com o secretário estadual adjunto da Segurança Pública, Marcelo Frota, para pedir a permanência dos soldados da BM formados no curso realizado em Lajeado – ao menos 40 devem ficar no Vale do Taquari. À tarde, o mesmo grupo vai até a sede do Procon/RS para debater sobre as respostas encaminhadas pelas operadores de telefonia e internet que atuam na região. Paralelo a isso, Cíntia Agostini ainda participa de reuniões com a SGGE para tratar sobre a Consulta Popular.
Chimarrão no Parque
O Parque Princesa do Vale em Estrela conta novamente com água quente para o chimarrão dos frequentadores. Depois do acidente com um menino que teve parte do corpo queimado, o dispositivo voltou com mudanças. O equipamento instalado conforme os padrões de segurança é um investimento da iniciativa privada. Funciona de forma simples: a empresa instala, realiza a manutenção, e, em troca disto, pode utilizar – ou vender – publicidade nos painéis luminosos. Neste primeiro momento, e curiosamente, apenas empresas de Lajeado anunciaram nos respectivos espaços.
Situação fervendo
Nessa terça-feira pela manhã, o clima esquentou durante a reunião das comissões da câmara de Lajeado. Waldir Gisch (PP) e Ildo Salvi (REDE) bateram boca durante debate sobre o projeto de lei que altera regras para roçada de terrenos particulares. A matéria autoriza o Executivo a realizar o serviço em propriedades privadas onde há excesso de vegetação, com posterior cobrança e aplicação de multa. Salvi apresentou emenda, estipulando em 50 centímetros a altura da macega para autorização do corte. Gisch esbravejou. “O governo precisa mandar os projetos para você. Você sempre tem que dizer que não estão certos.” Salvi, por sua vez, disse que não precisa se preocupar com “telhado de vidro”. A oposição agradece.