Lentes protetoras

Editorial

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Teutônia lança nesta quinta-feira o projeto de videomonitoramento. O objetivo é, até o fim do ano, instalar pelo menos 15 câmeras em locais estratégicos da cidade, para depois ampliar a cobertura. Após a implantação do sistema, serão pelo menos quatro…

Teutônia lança nesta quinta-feira o projeto de videomonitoramento. O objetivo é, até o fim do ano, instalar pelo menos 15 câmeras em locais estratégicos da cidade, para depois ampliar a cobertura. Após a implantação do sistema, serão pelo menos quatro municípios do Vale com lentes voltadas a enfrentar a criminalidade.
Estrela, Encantado e Lajeado já contam com a tecnologia. Junto com Teutônia, Taquari também anunciou recentemente a viabilização do projeto com auxílio do empresariado local. Diante da baixa quantidade de efetivo policial em todo o estado, trata-se de uma tendência natural os municípios investirem em câmeras de segurança.
Estima-se que a corporação atua no RS com defasagem de servidores na casa do 50 %. Com a formação de cerca de 2 mil novos soldados, que parte ocorre em Lajeado inclusive, a carência será amenizada, mas o número de brigadianos nas ruas seguirá longe do ideal.
Outro fator que preocupa o Vale é que o Estado já anunciou que privilegiará, por meio da distribuição dos novos brigadianos e agentes recém empossados da Polícia Civil, as cidades localizadas no chamado Eixo da Criminalidade, ao qual felizmente nenhum município do Vale pertence.
Com graves problemas financeiros, os estados brasileiros esbarram em limites orçamentários para garantir a prerrogativa constitucional de manter a área da segurança pública sob controle. No caso gaúcho, onde a crise fiscal é uma das maiores, o Piratini tenta fazer o possível, mas precisa do apoio dos municípios e de entidades da sociedade civil organizada para que a população não fique tão vulnerável às ações criminosas.
Acertam, portanto, as cidades do Vale em não esperar do Estado, mas sim propor saídas para buscar dias de maior tranquilidade à comunidade regional. Contudo, é preciso ter clareza de que investimentos em tecnologia, inteligência e melhores equipamentos são complementares, e nada substitui a atuação de homens e mulheres fardados nas ruas.

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