Ficou mais longo o caminho das máquinas do município que precisam de conserto. A oficina da administração municipal, que ficava na área portuária, funciona em novo endereço. No fim da semana passada, foi concluída a transferência de equipamentos e máquinas para um pavilhão no bairro Pinheiros, próximo à ERS-453, a Rota do Sol.
A mudança foi necessária pois o convênio entre município e estado encerrou no fim de dezembro do ano passado. Em janeiro, a Superintendência do Porto de Rio Grande (SUPRG) notificou a administração municipal para desocupar o espaço.
Para o secretário de Obras, Cristiano Nogueira, o endereço anterior era mais cômodo, em razão da proximidade com a sede da Secretaria de Obras. “É uma pena, pois nós tínhamos uma logística bem boa ali e um espaço amplo”, lamenta.
No local, são consertados os veículos do município, principalmente as máquinas. Ontem à tarde, havia um furgão, um caminhão caçamba, uma motoniveladora e uma retroescavadeira aguardando reparos. Nos próximos dias, o espaço vai abrigar também a marcenaria.
De acordo com o almoxarifado do município, a frota da secretaria de Obras é composta por 42 veículos, entre leves e pesados. Destes, cerca de 24 estão em funcionamento.
Críticas na câmara
Para o vereador de oposição Volnei Zancanaro, a mudança faz parte de um plano para terceirizar os serviços. Zancanaro manifestou sua preocupação na tribuna da câmara. Para ele, muitos veículos não estão em condições de pegar a estrada.
“No momento que começarem a vir as multas eles vão pedir a terceirização da oficina. Não sei o que vamos fazer com o funcionários que vão ficar parados.”
De acordo com a pasta, não há um plano para terceirizar a oficina, mas boa parte dos serviços mais especializados já são contratados ou licitados, sendo feitos apenas reparos na oficina.
Distância triplicada
O endereço anterior ficava a cerca de 1 km da Secretaria de Obras, localizada no bairro das Indústrias, onde ficam estacionadas as máquinas do município. Com a mudança, a distância aumenta para mais de 3 km e passa a incluir trechos de duas rodovias, a BR-386 e a ERS-453.
O secretário afirma que o grau de exigência não muda. “Indiferente do local, os caminhões e veículos necessariamente precisam ter condições de rodar”, diz. Nogueira afirma ainda que os veículos circulam diariamente pelas rodovias.
MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br
