Quem circula pelos corredores do Colégio Teutônia desde a manhã de ontem, 22, ouve sons emitidos pelos mais diversos instrumentos musicais. Isso porque a escola é palco da quarta edição do Festival de Música, recebendo cerca de 260 participantes oriundos de mais de 40 municípios gaúchos e também de estados vizinhos.
São cinco dias de programação que colocam Teutônia no mapa cultural do RS e do país. É o lugar onde musicistas se encontram para compartilhar vivências e buscar novos aprendizados.
“Tivemos um crescimento expressivo da última edição para esta. Trazemos cursos ministrados por professores com uma qualificação imensa”, destaca o diretor artístico do festival, Pedrinho Figueiredo.
O destaque da abertura ficou por conta do lançamento da Orquestra Jovem do Colégio Teutônia, se somando a outras atividades desenvolvidas na escola. A programação até quinta-feira, nos turnos da manhã e tarde, ficará reservada a realização de aulas, oficinas e palestras, enquanto à noite acontecem apresentações musicais no auditório.
Cooperação e envolvimento
Figueiredo, que é natural de Teresópolis (RJ) e reside em Porto Alegre, ressalta a importância do trabalho diferenciado do Colégio com seus alunos no âmbito da música. “Isso reforça a formação de um cidadão sensível. A música ensina as pessoas a trabalharem em cooperação”, afirma.
O Festival de Música movimenta os mais diferentes setores da economia. E também envolve a comunidade. Segundo a comissão organizadora, muitos participantes de fora, entre professores e estudantes, se hospedam nas casas de pais dos alunos.
Levar o aprendizado para a sala de aula
Muitos visitantes de outros municípios do Vale participam do Festival. Vereador em Sério, Guilherme Samuel Hickmann, 24, concilia a atividade parlamentar com o trabalho como professor de música. Na primeira vez em que participa do evento, destaca a importância de participar dos cursos e oficinas, dividindo espaço com profissionais experientes e muitos iniciantes.
“Para quem já está trabalhando na área, como é o meu caso, é muito valioso participar de um evento dessa dimensão. A ideia é coletar o máximo de informações aqui para poder levar à sala de aula”, salienta Hickmann, que leciona na rede municipal de ensino.
Também estreante no festival, a professora Ana Carolina Bueno está ministrando oficinas de flauta transversal. Vinda de Porto Alegre, ela se impressionou com a estrutura e alcance do evento e também de sua aula, que recebeu 30 inscrições, de alunos com idade de 10 a 50 anos.
“É um desafio ministrar aulas para músicos iniciantes e experientes. Mas é importante esse encontro de gerações. Mesmo que não cheguem a atuar como músicos, certamente serão bons cidadãos”, acredita a professora.
MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br