Corsan perfura poço no Jardim  do Cedro, mas não encontra água

Lajeado

Corsan perfura poço no Jardim do Cedro, mas não encontra água

Obra era tratada como solução para problema de falta d’água. Companhia vai buscar novo local

Corsan perfura poço no Jardim  do Cedro, mas não encontra água

Não foi dessa vez. Os moradores do bairro Jardim do Cedro acreditavam que a perfuração de um poço pudesse resolver o problema de constantes interrupções no abastecimento de água, reclamação antiga dos moradores. Esta era também a aposta da Corsan e o do município.
Entretanto, a companhia perfurou o solo, mas não encontrou água. Os trabalhos começaram no dia 2 de julho. Em um terreno cedido pelo município, os técnicos da companhia esperavam encontrar água em até 120 metros de profundidade. A perfuração atingiu 140 metros e não teve sucesso. Nesta profundidade, encontraram uma terra avermelhada, o indicativo de que o ponto não tem recurso hídrico.
A estimativa era de que a estrutura estivesse funcionando no início de outubro. Agora, a Corsan não tem previsão de quando o problema será resolvido.
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Corsan diz que problema está sanado

Os geólogos da companhia estudam o perfil da região para verificar a possibilidade de perfurar um poço em outro local do bairro. O coordenador operacional da Corsan em Lajeado, Cristian Freitas, afirma que o problema de falta d’água recorrente não ocorre mais no bairro. Freitas afirma que foram tomadas providências como a ampliação dos motores.
“Aquela questão de faltar água nos fins de semana não tem mais. Eventualmente pode ter problema no abastecimento, como tem em qualquer lugar. Mas o reservatório se mantém cheio”, garante. Mesmo assim, ele afirma que a companhia vai tentar a perfuração de um poço para reforço de rede.

“Parou de faltar porque é inverno”

A presidente da associação de moradores, Salete Maria da Silva, acredita que a maioria dos moradores ainda não sabe o poço fracassou. A comunidade esperava a solução antes dos períodos de mais calor, quando o problema de falta d’água é mais recorrente.
“Parou de faltar porque agora é inverno. O pessoal não usa tanto e chove mais. O problema sempre é pior no verão”, diz Salete.
Quando o abastecimento é interrompido, a água demora a voltar. Nos pontos mais altos do bairro, a situação é mais grave. Salete afirma que a população do bairro cresce rapidamente e a estrutura de serviços básicos não acompanha.

Visita na próxima segunda

Para a próxima segunda-feira, está marcada uma visita ao bairro para verificar possibilidade de novo local. O diretor de Captação de Recursos e Projetos Especiais do município, Isidoro Fornari, e técnicos da Corsan vão andar pelas ruas mapeando terrenos públicos de propriedade do município.
Fornari explica que o trâmite é mais fácil se a perfuração for em terreno público, por não ter a necessidade de obter autorização do proprietário ou comprar a área.
“Vamos definir algumas áreas que seja de propriedade do município e eles ficam à vontade para ver a questão geológica onde possa ter água”, afirma.
 

MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br

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