Domingo de festa no bairro Imigrante

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Domingo de festa no bairro Imigrante

Festa do Colono e Imigrante chegou à terceira edição e se consolida entre os principais eventos comunitários da cidade

Domingo de festa no bairro Imigrante

Mesmo com o frio e a chuva, mais de 300 pessoas participaram da 3ª Festa do Colono e Imigrante, que ocorreu nesse domingo, 14, no Salão Comunitário da Associação de Moradores do bairro. A programação contou com almoço, brincadeiras, danças folclóricas alemãs e baile, entre outras atrações.
Ainda pela manhã, a festa foi antecedida por uma carreata de tratores, máquinas e caminhões, que percorreu as principais ruas da localidade e bairros vizinhos. Com trajes e ferramentas típicas dos imigrantes alemães e instrumentos musicais, membros da comunidade fizeram a animação durante o desfile.
De acordo com o presidente da associação de moradores, Airton Vollmer, o objetivo do evento, que ocorre faz três anos, é proporcionar um momento de integração e confraternização entre as famílias e, ao mesmo tempo, apresentar o rincão à comunidade regional. Segundo ele, pessoas de bairros e cidades vizinhas têm laços e raízes com o Imigrante.
Vollmer destaca ainda que a maioria da população local é de descendentes alemães, por isso a festa foi projetada para exaltar a cultura dos ancestrais que ajudaram a construir a antiga Picada Scherer – como se chamava aquela área antes da fundação do bairro. A própria realização do evento é resgate da tradição de reunir vizinhos para celebrações, comenta.
Acerca das condições climáticas, Vollmer lembra que o tempo nunca foi motivo para desaminar os habitantes do Imigrante. “Chovendo ou não, os agricultores trabalham. Então, não deixaríamos de fazer a festa em função do mau tempo”, compara.

Banquete

Galinhada, batata doce, polenta frita, maionese de diferentes tipos, churrasco de gado, suíno e frango, pastel e torta. O cardápio da festa foi um sucesso à parte.
Filha do primeiro presidente do bairro, Shirlei Dieter, 53, coordenou os trabalhos culinários. Ela conta que a tradicional galinhada é sempre de responsabilidade da família Dieter. “É uma festa que todo mundo gosta. A cada ano, está cada vez maior”, enfatiza.
Reina Treifke, 80, mora há 15 anos no bairro Imigrante. Natural de Marques de Souza, quando trabalhava como faxineira, morou nos bairros da área central de Lajeado. Depois de se aposentar, decidiu voltar à zona rural com familiares. Segundo ela, foram dois dias dedicados à organização do evento, especialmente na cozinha.

Danças folclóricas

Antes do almoço, porém, foi momento para prestigiar um dos elementos mais típicos da cultura germânica: a dança folclórica. Quatro jovens casais do grupo Tanzen Macht Freunde (“dançar faz amigos”, em alemão), do Centro de Cultura Alemã de Lajeado, apresentaram uma série performances para animar a festa.
“A gente fica muito feliz em saber que essa festa cresce a cada ano. Para nós, é muito importante participar de um evento como esse, pois ajuda a contar a nossa história. Somos uma entidade que busca valorizar as nossas origens”, afirma a coordenadora do grupo, Vânia Purper Worm.
Representantes do grupo A Hora ainda interagiram com os participantes da festa, com brincadeiras e sorteio de brindes. Durante a tarde, os casais tomaram conta do salão no baile comandado pela Banda 0800.
 


 

ALEXANDRE MIORIM – alexandre@jornalahora.inf.br

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