De acordo com a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), a venda de veículos seminovos de até três anos de uso fechou o primeiro semestre com queda de 12,5% em comparação com o mesmo período no ano passado.
A crise criou uma espécie de apagão de carros usados, fazendo com que os seminovos tenham um aumento significativo nos preços. A queda na compra de veículos novos entre 2015 e 2017 reduziu a oferta para quem procura carros de até três anos de fabricação. O volume total de venda de veículos usados, excluindo motos, se manteve praticamente estável, com leve alta de 0,39% também em comparação com 2018.
Ao todo, a venda de veículos usados, tirando o segmento de motos, somou 5,42 milhões de unidades. O segmento de seminovos é a única faixa de veículos a apresentar uma redução mais significativa de vendas e negociações em comparação com o primeiro semestre do ano passado.
Quem comprou um carro novo dois ou três anos atrás pode se deparar com uma boa surpresa no mercado, caso decida vendê-lo agora. Há relativamente poucos seminovos à venda. O resultado é definido pela lei de oferta e procura, que com menos veículos faz os preços dispararem, reduzindo consequentemente a venda no segmento de seminovos.
Segundo a Fenauto, os campeões de vendas no primeiro semestre foram os usados na faixa entre quatro e oito anos, somando 2,74 milhões de unidades, de janeiro a junho, volume 0,6% maior que o de 2018. O segundo maior montante foi o dos usados com treze anos ou mais, com 1,55 milhões de unidades negociadas, 4% a mais que no ano passado. E entre os carros de nove a doze anos, 1,34 milhões de unidades foram negociadas, uma alta de 11,3% nas vendas, o maior entre os usados.
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Vendas de seminovos caem no primeiro semestre
Comercialização de veículos de até três anos de uso teve queda de 12,5%
