“A dança me dá combustível para seguir em frente”

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“A dança me dá combustível para seguir em frente”

A dança está presente na vida de Alexandre Bitdinger desde muito cedo. Aos 11 anos, iniciou nas aulas e descobriu que era desta arte que queria viver. Hoje aos 24, é professor e vê na dança um estímulo que inclusive…

“A dança me dá combustível para seguir em frente”

A dança está presente na vida de Alexandre Bitdinger desde muito cedo. Aos 11 anos, iniciou nas aulas e descobriu que era desta arte que queria viver. Hoje aos 24, é professor e vê na dança um estímulo que inclusive o ajudou a superar um problema de coração

Como iniciou na dança?
O amor sempre esteve presente. Iniciei as aulas de dança aos 11 anos. Sempre gostei de dançar, nas festinhas da escola ou em rodas de dança. Olhava vídeos, tentava imitar os passos do Michael Jackson. Ficava replicando as performances dele em casa. A partir do momento que iniciei as aulas, vi que era isso que eu gostava de fazer, não queria saber de mais nada.
 Tem alguma inspiração?
A minha maior influência é o Michael Jackson. A originalidade, talento e paixão vistos nele. Isso me trás um sentimento bom, de conseguir transmitir o quanto eu gosto de dançar, e para ele era muito natural. Tem o Pierre Dulaine, que me inspira, pois conseguiu através da dança mudar a vida de centenas de adolescentes. Como professor passou a dar aulas de dança de salão para alunos na detenção escolar. Hoje esse projeto está presente em escolas espalhadas pelo mundo. Eu tento fazer isso. Levar a arte para aqueles que não tem condições. Tenho alunos bolsistas, dou aulas voluntárias no CRAS e na APAE. Quero levar a arte para todas as pessoas, indiferente de classe, idade, cor ou gênero.
Como é ensinar a dança?
É uma satisfação muito grande poder ensinar o que sei e ao mesmo tempo aprender, é um processo de troca. Quando vejo um aluno se interessando por algo, se dedicando, tentando se descobrir e se conhecer. Isso não tem preço. Faria tudo de graça se não precisasse sobreviver do dinheiro.
Qual foi o momento mais marcante?
Em 2013, descobri um problema no coração e fiquei três anos fazendo exames. O momento que mais me marcou foi em 2017 quando precisei fazer cirurgia e colocar um marcapasso, isso me deu um baque psicológico. Não foi nada fácil lidar, mas usei o trabalho e a dança para superar. Cheguei até a dar aula com os pontos. Então esse foi o momento que mais me impactou.
 No que a dança influencia em sua vida?
Em tudo. É o que eu faço todos os dias. Até quando não tenho que dançar, acabo dançando. É o que eu gosto e o que me dá combustível para seguir em frente.
Qual é o seu sonho?
O meu sonho já é realidade desde o momento em que pude viver através do que gosto, que é dançar. Dentro disso tenho muitos objetivos, um dos principais é ter uma escola de artes, para todas as pessoas que tenham interesse e vontade de entrar nesse mundo. Acho que o mundo artístico é carente de incentivo e são poucas as escolas que estimulam o aluno a entrar nesse meio.
 

CAETANO PRETTO – caetano@jornalahora.inf.br

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