O Dia da Música é comemorado neste sábado. Marcos Vinicius Bilhar, o “Vini”, 37, é vendedor e encontra no meio artístico uma maneira de ganhar uma renda extra e se divertir
Como surgiu tua relação com a música?
Minha relação com a música começou muito cedo. Mas foi aos oito anos que tive o primeiro contato com aula de violão e canto. Através do professor Dothan Erbes, ainda quando residia em Paverama.
Qual o estilo musical que você toca e canta? Por quê?
Há algum tempo preferi segmentar nos estilos pop rock internacional e nacional e MPB. Escolhi para ter algum diferencial, pois de fato, só toco esses estilos quando contratado. Assim, consegui criar uma identidade. Embora reconheça que algumas portas se fecharam, outras se abriram em definitivo. Claro que é diferente de tocar em uma roda de amigos.
Quantos instrumentos você toca? Como aprendeu a tocar?
Toco violão. Mas tenho bastante influência de teclado, baixo e percussão. Aprendi de fato através de curso. Nunca fui um cara com ouvido apurado. Mas sempre busquei e busco muito estudo, novidades e conhecimento.
Viver da arte é um desafio. Acredita ser possível viver de música?
Eu não tenho por objetivo viver de música. Pelo menos não como uma meta de vida. Prefiro levar sem esse peso, não me deixar influenciar, nem abrir mão de fazer o que gosto mesmo. Classifico hoje como um entretenimento, que requer investimento e dedicação também.
Hoje são apresentados artistas e estilos com maior apelo comercial. Como fazer para superar essa tendência?
Acredito que, de fato, o lado comercial tem falado mais alto há tempo. Porém, como tudo na vida, é um ciclo. Anos 80 do rock, 90 tivemos o pagode, e a partir de 2000 o sertanejo muito forte. Esse último, contando especialmente com um apelo gigantesco de produção e, por que não, qualidade. Tem muita coisa boa acontecendo sempre. É nisso eu acredito: o que for bom, independente de estilos, será sempre bem-vindo. Tem algumas coisas em um cenário novo de muita qualidade, porém sem o apelo de mídias tradicionais. Mas estourados em mídias alternativas. O que é uma tendência muito forte. Para superar, repito: qualidade. O que for bom vai se destacar sempre .
A música interfere no seu modo de ver a vida?
Interfere muito. É nela que me expresso, é nela que me completo. Especialmente em minhas composições. Meu trabalho é meu dia a dia. E faço da melhor forma possível, até porque me possibilita estar com pessoas. A música é complemento disso, pois também permite esse contato. E para mim estar nesse meio, tanto na empresa como na música, me realizam.
EZEQUIEL NEITZKE – ezequiel@jornalahora.inf.br
