Projeto vai castrar mais  de mil animais em 2019

Teutônia

Projeto vai castrar mais de mil animais em 2019

Programa que será lançado amanhã inclui cães e gatos em situação de vulnerabilidade. Iniciativa tem apoio de ONG protetora de animais

Projeto vai castrar mais  de mil animais em 2019

Reduzir a quantidade de animais abandonados ou soltos nas vias públicas da cidade. Esse é o objetivo do programa que será lançado amanhã pelo governo municipal. A iniciativa vai castrar e colocar chips em cães e gatos abandonados ou pertencentes a famílias atendidas por programas sociais.
Até o fim de 2019, mais de mil animais devem ser atendidos, estima o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Márcio Mügge. Além do controle sobre o crescimento populacional, o programa foca em casos de pessoas que acumulam muitos animais em casa e não têm controle sobre a reprodução.
Mügge afirma que o projeto também visa cobrar maior compromisso por parte dos tutores. “Você tendo ou adotando um animal, você tem um compromisso que vai até o fim da vida dele”, conclui.
A medida conta com apoio da Associação Protetora dos Animais de Teutônia (Apante). “Nós sempre buscamos este apoio da prefeitura pois a castração e a conscientização são as únicas formas que temos de prevenir os maus tratos”, afirma o presidente Willian Klein. A entidade acolhe animais, mas a falta de estrutura física reduz a capacidade de atuação. Os resgatados ficam em lares temporários de voluntários.
A solenidade ocorre a partir das 10h, junto à Gigi Pet Clínica Veterinária, na rua 25 de julho, 240, bairro Languiru. A clínica é a única cadastrada pelo chamamento público do município. Ainda há possibilidade de outros estabelecimentos serem habilitados.

Luis Felipe viu o número de animais soltos aumentar nos últimos anos

Luis Felipe viu o número de animais soltos aumentar nos últimos anos

Um ano de duração

Os serviços veterinários vão contemplar os exames, a anestesia, cirurgia, medicação e liberação do animal. Além disso, um chip será injetado sob a pele, na região da nuca e será feito um cadastro com informações sobre o canino ou felino e identidades dos tutores, quando houver.
O projeto tem duração de 12 meses. O valor estimado é de R$ 60 mil, mas pode variar, pois o preço do procedimento muda conforme espécie, sexo e tamanho do animal. O município não possui canil público e nem pretende construir, optando por tentar controlar o crescimento da população de bichos.

“Mais cachorro do que gente”

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Morador do loteamento 8 do bairro Canabarro desde os cinco anos de idade, Luis Felipe Pacheco garante que a quantidade de animais soltos cresce constantemente. O loteamento é um dos locais com maior concentração de animais soltos em Teutônia.
“Tem bem mais cachorro do que gente. A maioria vem de longe, em função de alguém se mudar. Aí vão ficando, dão cria e vai ficando cada vez mais”, diz.
A cadela Menina, de cinco anos, não costuma sair do pátio. Só sai quando está no cio. O tutor gostaria de castrar o animal, mas não tem dinheiro para o procedimento. O morador conta que já houve casos de envenenamento de animais na localidade.

Maior cuidado com os bichos

“As pessoas tinham que ter um maior cuidado com os bichos”, afirma Rosane de Oliveira, moradora do loteamento 8. Ela tem um cachorro de grande porte, mas conta que teve de mandar o animal para a casa do filho, em função da falta de espaço.
Ela avalia a iniciativa do governo de forma positiva. “Vai ser melhor, porque não vai seguir aumentando. Os bichos sofrem também. A gente tem pena, eu boto uma comida, uma água, mas os cachorros têm que ter um cuidado melhor no dia a dia.”
 

MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br

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