Câmara atrasa liberação de recursos para o Pro_Move

Lajeado

Câmara atrasa liberação de recursos para o Pro_Move

Foi a segunda semana seguida sem votação de projetos. Pedido de vistas adiou a apreciação de outras três matérias

Câmara atrasa liberação de recursos para o Pro_Move

Pela segunda semana consecutiva, a câmara de vereadores encerrou uma sessão sem votar projetos de lei. Isso porque um pedido de vistas de Paulo Tori (PPL) à matéria que trata da inclusão de R$ 500 mil no Fundo Municipal da Ciência e Tecnologia (FMCT) trancou o restante da ordem do dia.
Conforme explicado em plenário pela presidente Neca Dalmoro (PDT) e previsto no regimento interno, como o prazo para votação deste projeto expirou, as demais matérias da pauta também acabaram afetadas. Mesmo assim, o vereador alegou que precisa analisar alguns pontos do texto.
A inclusão do valor no fundo permitirá a aplicação em projetos na área de inovação, por meio do Pro_Move Lajeado. “Ficamos amarrados enquanto não tiver essa liberação do valor, pois temos editais para publicar. Esperamos que seja colocado para votação na próxima sessão”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura (Sedetag), André Bücker, lamentando o adiamento.
Também foram adiadas as votações do projeto que trata do parcelamento da dívida da Stacione Rotativo com o município; a abertura de crédito de R$ 6 mil para a Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social; e a permissão para que servidores do Serviço de Inspeção Municipal possam dirigir veículos.

Sindicância para apurar conduta de servidor

Denunciado pelo Ministério Público por adulterar multas de trânsito, o ex-coordenador do Serviço de Trânsito de Lajeado, Carlos Kayser, pode ter mais problemas pela frente. Durante a sessão de ontem, 9, o vereador Sérgio Kniphoff (PT) pediu a abertura de uma sindicância para investigar a conduta do servidor.
No requerimento, Kniphoff se baseia em uma entrevista de Kayser ao jornal A Hora, veiculada no dia 4 de julho, onde ele admite a prática. O vereador pede o imediato afastamento do cargo público, a cassação da função gratificada que ele exerce na administração e o afastamento da comissão que trata do processo licitatório do transporte público coletivo.
“Ele já foi secretário de Cultura e Esporte, coordenador de Trânsito, vereador. A última coisa que pode alegar é falta de conhecimento. Foi um erro gravíssimo, admitido publicamente pelo próprio servidor”, justifica.

Transparência

O vereador Carlos Eduardo Ranzi (MDB) deu um ultimato de 30 dias ao governo municipal para responder ofícios. Desde 2017, são 414 documentos encaminhados por parlamentares que não foram respondidos, sendo 66 neste ano.
Segundo o vereador, caso o prazo seja descumprido, cópias dos ofícios serão encaminhadas ao Ministério Público, com a solicitação de instauração de Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito Marcelo Caumo.
“Começa a ficar chato, feio e desonroso. Estamos ainda dando mais um mês para obter respostas. Caso contrário, seguiremos o rumo de outras câmaras de vereadores no país”, afirma, citando o exemplo de Coronel Bicaco.
 

MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br

 

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