Nascido e criado em Arroio do Meio, Lucas Kuhn se mudou para a Irlanda há dois anos. A experiência em outro país mudou sua forma de ver as pessoas e suas culturas. Com saudades da família, ele volta ao Brasil este ano. Mas já com planos de retornar ao Velho Mundo
O que te fez ir para a Irlanda?
Desde criança, sempre quis fazer um intercâmbio. Meu primeiro pensamento era ir para os Estados Unidos. Porém, por questão de valores, dificuldade no visto e por não ser permitido trabalhar nos EUA, a Irlanda começou a me chamar atenção. Conheci algumas pessoas que vieram para cá primeiro e me falaram muito bem da “ilha”, foi aí que realmente decidi meu destino.
Como é sua vida neste país?
Aqui eu estudo inglês e trabalho. Moro em Dublin, capital da República da Irlanda. Eu moro no bairro Dublin 1, em frente ao Mountjoy Square Park, um conhecido parque daqui. Apesar de morar no Centro, vejo Dublin como uma cidade bem tranquila, organizada e segura. Poucas coisas funcionam depois da meia noite, e as festas costumam acabar antes das 3h. Chove a maioria dos dias e é frio a maior parte do ano, o que me faz sentir saudades do clima tropical brasileiro.
O que esta experiência mudou em ti como pessoa?
Cara, mudou muita coisa. Conheci várias novas culturas e pessoas com ideologias totalmente diferentes da minha. Você aprende a respeitar todos os tipos de pessoas e opiniões.
Muitos gaúchos escolhem a Irlanda como destino. O que atrai tanto o pessoal daqui?
Não são só os gaúchos, aqui também tem muito paulista, carioca, mineiro… Tem pessoas de todos os locais do Brasil. Acho que tem a ver com essa crise que a gente vive aí no Brasil. Vejo que muita gente vem para cá em busca de uma vida melhor, outras vêm por conta do inglês, para ver se assim conseguem um emprego melhor no Brasil.
Você tem planos de voltar ou pretende ficar morando aí?
Meu visto de estudante expira no final do ano, aí eu volto para o Brasil. Está na hora, né? Mais de dois anos fora. Dá uma saudade da família e dos amigos. Tenho alguns planos de voltar à Europa para fazer alguma graduação, mas nada certo ainda. Primeiro volto ao Brasil, aí decido. Um passo de cada vez.
MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br
