Suporte necessário

Editorial

Suporte necessário

A segurança pública ganhou um reforço importante ontem com o lançamento do Instituto Cultural Ipê Amarelo – Vale do Taquari. A exemplo do Instituto Floresta, que atua em nível estadual, o projeto canaliza valores oriundos do abatimento de ICMS por…

A segurança pública ganhou um reforço importante ontem com o lançamento do Instituto Cultural Ipê Amarelo – Vale do Taquari. A exemplo do Instituto Floresta, que atua em nível estadual, o projeto canaliza valores oriundos do abatimento de ICMS por empresas da região para contribuir no melhor aparelhamento das forças policiais.
Mais uma vez, diante da incapacidade do Estado para enfrentar o avanço da criminalidade, entidades da sociedade civil organizada se unem em busca de soluções. A iniciativa representa mais uma fonte de recursos para o custeio de equipamentos, armas e viaturas ao trabalho das unidades locais da Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros.
Não apenas para fortalecer o braço repressivo dos órgãos de segurança, o suporte financeiro será voltado também a ações socioeducativas, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade social. Como mencionado no ato de lançamento ontem, mais do que combater a mazela da violência, é preciso preveni-la por meio da inclusão e da educação.
A estratégia engaja líderes do setor empresarial, à medida que possibilita um retorno mais rápido e eficiente em relação ao dinheiro que iria para o pagamento de impostos. A burocracia e a ineficiência estatal, no retorno em serviços públicos à carga tributária que é imposta à população, forçam a busca por alternativas capazes de transformar a realidade.
O trabalho a ser desenvolvido pelo instituto será um importante aliado para as ações que evoluem no âmbito do Pacto Lajeado pela Paz. De forma concatenada, as duas inovadoras propostas prometem inaugurar um novo ciclo no enfrentamento à violência e no estímulo a uma cultura de paz e harmonia na região.
Independente de surgir da iniciativa privada, porém, a ação deve ser calcada nos princípios da transparência e do controle social, pois envolve um dos setores públicos mais sensíveis à população.
A articulação entre os diferentes atores à frente da implementação do programa merece o reconhecimento e o apoio da comunidade regional. Em vez de apenas esperar de braços cruzados por soluções que deveriam partir dos governos, a criação do instituto é exemplo de que a sociedade pode arregaçar as mangas e buscar dias melhores.
 
 

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