O Instituto Cultural Ipê Amarelo foi apresentado oficialmente ontem à tarde, no salão de eventos da prefeitura completamente lotado. A apresentação foi em meio à reunião da Associação dos Secretários e Gestores Municipais de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (ASGMUSP).
O evento contou com a presença de representantes das forças policiais, de prefeitos da região, do secretário adjunto da Segurança Pública, coronel Marcelo Frota, promotores e delegados.
O prefeito Marcelo Caumo destacou que a iniciativa é pioneira no interior do estado. “Estamos nos espelhando no bem sucedido Instituto Cultural Floresta que está trazendo excelentes resultados para a segurança pública de Porto Alegre.”
O Ipê Amarelo ainda não tem estatuto ou diretoria empossada. De acordo com o arquiteto André Kieling, que será o presidente da entidade, a apresentação de ontem serviu como primeiro passo para que o projeto passe à prática.

Marcelo Caumo destacou que iniciativa é pioneira no interior do RS
Os membros do instituto vão visitar empresa da região para apresentar a iniciativa e buscar verbas. Os recursos repassados ficarão em um fundo e as entidades da Segurança Pública poderão solicitar este dinheiro por meio de projetos, que serão avaliados pelo Ipê Amarelo.
Kieling destaca que o objetivo não é apenas comprar mais armas e equipamentos paras as polícias, mas trabalhar na prevenção à violência, por meio de ações educativas e de inclusão social.
“Não adianta atuar só na ponta, tem que trabalhar desde pequena a criança. Muitas vezes a criança não tem uma opção. O instituto quer trabalhar desde a formação, desde o início. Criar novas ideias, novas opções”, defende Kieling.
Instituto Floresta é referência
A iniciativa tem como inspiração o Instituto Cultural Floresta, criado em Porto Alegre.
“A nossa projeção, os nossos objetivos e, inclusive, o estatuto do Instituto Ipê-Amarelo serão idênticos ao do Instituto Cultural Floresta”, afirmou o promotor Carlos Augusto Fiorioli.
Segundo ele, o Instituto Ipê Amarelo vem somar forças à Alsepro e demais Conselhos de segurança dos municípios, mas permitirá uma união de esforços e recursos de todo Vale do Taquari no combate à criminalidade.
O instituto Floresta reúne empresários e capta recursos para investir em armamento, equipamentos e viaturas para as polícias.
No ano passado, a organização arrecadou R$ 14 milhões por meio de 54 pessoas físicas e jurídicas e entregou às forças de segurança 48 veículos Pajero, 1,2 mil pistolas Glock, 45 fuzis 7.62 mm e 80 fuzis 5.56 mm. Além de veículos e armas foram entregues também coletes, rádios e uniformes.
MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br