O complexo portuário instalado às margens do Rio Taquari vem trazendo mais dores de cabeça do que benefícios para a cidade de Estrela. E isso não é “privilégio” do atual gestor. As dúvidas sobre a real importância do Porto perduram desde a sua inauguração, lá na década de 70. Para muitos, o presente do ex-presidente Ernesto Geisel – cuja família vivia no município – talvez tenha sido um exagero. Para outros, foi um regalo adequado. Por ora, cabe dizer que apenas a realização – ou não – da Multifeira naquele gigantesco local é insuficiente. É quase nada!
A navegação para transporte de cargas entre Estrela e Bom Retiro do Sul tomou proporções após a inauguração da barragem eclusa, em 1976, que aumentou a profundidade do rio Taquari de quatro para dez metros. Um ano depois, as instalações de atracação e armazenagem do Porto foram inauguradas, e, após um período de vacas gordas – que perdurou até o fim da década de 80 –, a ociosidade tomou conta daquele gigante de concreto.
Em setembro de 2012, o atual prefeito de Estrela participou de um debate organizado pelo Grupo A Hora. Na ocasião, Carlos Rafael Mallmann já citava o desejo de municipalizar a estrutura, para posteriormente firmar algum tipo de convênio ou concessão com a iniciativa privada. Desde então, e diante das recorrentes trocas de governos Estadual e Federal, os planos do gestor municipal ficaram, literalmente, à deriva.
Entre idas e vindas, o complexo que era de responsabilidade da União passou para as mãos do Estado, em 2014, mas voltou para a União três anos depois. E voltou cheio de problemas, segundo a Antaq. Ou cheio de mistérios. Entre esses, o corte injustificado de eucaliptos naquela área, e até um suposto sumiço de maquinários e ferramentas, fatos que ainda estariam estremecendo qualquer relação com as autoridades portuárias. E é isso, também, que ainda pode trancar a realização da feira comercial naquele espaço.
Marasca no Rotaract
Na edição de ontem, um problema na diagramação retirou o texto sobre a posse do assessor de Comunicação na Prefeitura de Lajeado e publicitário, Giovani Marasca, que assumiu a presidência do Rotaract Club Integração nessa quarta-feira. Durante a posse, Marasca celebrou os novos associados e parabenizou o antecessor pelo trabalho.
Ouro Branco
Novidade. O 13º Fórum Tecnológico do Leite será realizado em novembro, mas na cidade de Encantado. Esta será a primeira edição que não ocorrerá em Teutônia.
Lajeadense no centro do debate
A lajeadense Marjorie Kauffmann, presidente da Fepam, está no centro de um debate nacional. Ela tem o poder de assinar a liberação para a maior mina de carvão do Brasil – a Mina Guaíba –, entre Eldorado do Sul e Charqueadas. De um lado, empresários citam a capacidade de gerar até US$ 4,4 bilhões em investimentos. De outro, ambientalistas reclamam a proximidade com o Parque Estadual Delta do Jacuí.