Operação combate lavagem de dinheiro em Lajeado e Vale dos Sinos

Estado

Operação combate lavagem de dinheiro em Lajeado e Vale dos Sinos

Criminosos utilizavam rede de laranjas e movimentavam R$ 500 mil por semana. Através da quadrilha, 10 toneladas de cocaína ingressavam no país por ano

Operação combate lavagem de dinheiro em Lajeado e Vale dos Sinos

Deflagrada pela Polícia Civil na manhã dessa sexta-feira, 28, em quatro municípios, a Operação Borgata resultou na prisão de quatro pessoas e a apreensão de R$ 30 mil em espécie. A ação visa desarticular uma rede de lavagem de dinheiro de uma organização criminosa sediada no Vale dos Sinos e que movimentava R$ 500 mil por semana.
Ao todo, 175 policiais civis participaram da operação, cumprindo 87 ordens judiciais. Entre elas, esteve o sequestro de cinco imóveis de luxo, um deles em Lajeado e os demais em Novo Hamburgo e Campo Bom. Ocorreram também 47 quebras de sigilo bancário, fiscal e financeiro e apreensão de celulares e documentos.
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A investigação, conforme o delegado responsável pela operação, Adriano Nonnenmacher, iniciou há cinco meses. Foi descoberto que dois líderes da organização criminosa, que cumprem pena no presídio de Charqueadas e na Penitenciária Federal de Mossoró (RN).
Eles utilizam uma rede de laranjas para ocultar bens adquiridos com dinheiro oriundo do tráfico internacional de drogas e da distribuição interna no estado. A rede inclui familiares, comparsas e até amigos que não possuem antecedentes criminais.
Os criminosos ainda realizavam e dissimulavam negócios jurídicos, como contratos fraudulentos e efetuavam transferências de veículos e imóveis entre si, além de possuírem pequenas empresas para gerar aparência de ganhos lícitos.

10 toneladas de cocaína por ano

Ainda, segundo a Polícia Civil, a organização criminosa era responsável pela maior parte das operações logísticas de entrada de cocaína no Rio Grande do Sul na última década. Elas entravam por via aérea, pelo estado do Amazonas ou pelo Paraguai, através de outra grande facção do país. Cerca de dez toneladas da droga ingressavam no país por ano através da quadrilha.
 
 

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