Uma ligação telefônica às 22h30min da noite de terça-feira, 25, trouxe a notícia que Cláudia Althaus mais esperava. Uma semana após sair de casa sem avisar, o filho Dionatan de Almeida Costa, 28 anos, foi localizado por um caminhoneiro na cidade de São José dos Pinhais, cidade vizinha de Curitiba, capital do Paraná.
Costa era dado como desaparecido desde terça-feira passada, 18, quando a família registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. Desde então, entre a mobilização nas redes sociais e supostas informações sobre o paradeiro do filho, a angústia tomava conta de Cláudia. Agora, o sentimento é de alívio.
“Esse caminhoneiro achou parecido com um anúncio de desaparecido que viu numa rede social. Aí viu o contato telefônico e ligou para o pai do Costa. Então a Polícia Rodoviária foi acionada e o encontrou deitado numa calçada”, comenta Cláudia.
O filho, que sofre de esquizofrenia, foi levado para cuidados no Exército. Segundo Cláudia, foi solicitada uma nova internação compulsória. “Estamos apenas esperando conseguir uma ambulância para trazê-lo de volta”, salienta. Como até o final do dia não houve retorno, o pai, que reside em Soledade, viajou para buscar o filho.
“Falou que estava seguindo o rumo dele”
Cláudia ainda não teve contato telefônico com o filho. Por meio do caminhoneiro, soube que ele procurava carona para São Paulo e, talvez, Rio de Janeiro. “Disse (ao caminhoneiro) que estava seguindo o rumo dele. Eu tinha medo de que ele fosse para um lugar mais distante que dificultasse a sua localização”, relata.
Para Cláudia, o mais importante é saber que o filho está vivo. Agora, terá que esperar uma avaliação dos médicos psiquiatras sobre o tempo que Costa ficará internado. “Ele estava bem antes, mas parou de tomar a medicação e por isso entrou em surto”, disse, agradecendo também a mobilização para localizá-lo, que “viralizou” nas redes sociais e teve alcance até fora do estado.]
Aposentado do exército
Natural de Soledade, Dionatan de Almeida Costa ficou por sete anos no Exército, onde era sargento e acabou se aposentando por invalidez. Passou a morar com a mãe em uma casa no bairro Hidráulica, em Lajeado, e estava trabalhado em um bar do Centro da cidade. Neste ano, chegou a ser internado durante um mês no Hospital Bruno Born para tratamento.
Caso de Forquetinha
Ari Brauvers, 41, continua desaparecido. Ele saiu de casa no dia 3 de junho e não retornou mais à sua casa, na localidade de São Vitor. Os pais Nelson e Noêmia Brauvers seguem atrás de notícias do filho, que sofre de problemas mentais e costuma utilizar boné e carregar uma mochila nas costas.
MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br
