A Polícia Federal concluiu inquérito da Operação Egypto, que investigava a atuação de uma empresa do ramo de moedas virtuais com sede em Novo Hamburgo. A investigação resultou em 19 pessoas indiciadas por nove crimes. Entre elas, os cinco sócios da empresa que movimentou mais de R$ 1 bilhão em um ano. O inquérito será remetido ao Ministério Público.
A partir da análise do material, os policiais concluíram que a instituição investigada funcionava de forma ainda mais temerária do que acreditavam inicialmente. Foram constatados riscos como contabilidade inservível, outras aquisições de bens para os sócios com recursos saídos da conta da empresa e diversos outros casos de lavagem de dinheiro, além daqueles anteriormente apontados.
Dos dez presos preventivamente, sete continuam recolhidos ao sistema prisional, e três foram libertados com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
A ação foi realizada em 21 de maio e resultou no cumprimento de dez mandados de prisão e 25 de busca e apreensão. Na oportunidade, foram apreendidos veículos de luxo, joias e dinheiro. Um apartamento em Florianópolis no valor R$ 6,5 milhões, um mansão em Novo Hamburgo de R$ 3,8 milhões, 33 veículos de luxo com valor chegando a R$ 500 mil e mais de R$ 1 milhão em esmeraldas foram algumas das aquisições feitas pelos investigados.
Lajeadenses investiram R$ 21 milhões
Segundo a investigação, Lajeado foi o 5º município com maior volume de investimentos na empresa. Ao todo, foram R$ 21 milhões repassados pelos lajeadenses à empresa. De Caxias do Sul, saíram R$ 128 milhões. De Porto Alegre, foram mais R$ 77 milhões.
Na região Sul, foram feitos depósitos de 477 municípios, sendo 288 do RS. Entre os investidores, 81% fizeram aportes de menos de R$ 20 mil.
Relembre o caso
No dia 21 de maio e Polícia Federal desencadeou a operação Egypto, para investigar empresa de Novo Hamburgo que atuava no ramo de moedas virtuais e prometia lucros de até 15% ao mês;
De acordo com a investigação, os recursos não eram investidos em moedas virtuais, mas na aquisição de bens para os investigados.
Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e 10 ordens de prisão. Entre os detidos e indiciados, estão os cinco sócios da empresa.
Sete pessoas permanecem presas e três foram liberadas, sendo monitoradas por meio de tornozeleiras eletrônicas.
MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br
