“No meu país, as pessoas têm uma imagem muito boa do Brasil”

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“No meu país, as pessoas têm uma imagem muito boa do Brasil”

Natural de Diest, cidade de 20 mil habitantes situada no norte da Bélgica, Guillaume Jannes, 18 anos, está encerrando o intercâmbio em Lajeado. Depois de dez meses no Vale, estudando no Ceat e residindo com uma família no bairro Alto…

“No meu país, as pessoas têm uma imagem muito boa do Brasil”

Natural de Diest, cidade de 20 mil habitantes situada no norte da Bélgica, Guillaume Jannes, 18 anos, está encerrando o intercâmbio em Lajeado. Depois de dez meses no Vale, estudando no Ceat e residindo com uma família no bairro Alto do Parque, retorna à sua terra natal nesta sexta-feira e leva consigo uma experiência para a vida

Quando surgiu a ideia de fazer um intercâmbio para outro país?
Quando eu tinha 17 anos, minha prima foi para Portugal para um intercâmbio de 4 meses. No mesmo ano, teve uma menina intercambista da Tailândia na minha turma. Por causa disso, fiquei muito interessado em conhecer outras culturas e países diferentes. Depois, procurei informações na internet sobre a ideia de um intercâmbio e eu achei uma empresa, a AFS, com a qual eu vim para o Brasil.
Por que escolheu o Brasil e, especificamente Lajeado?
Eu queria muito conhecer a cultura latina e achei um país multicultural e completamente diferente da Bélgica. Também, no meu país, as pessoas têm uma imagem muito boa do Brasil, como por exemplo o carnaval, as belas praias, as pessoas e a natureza. No ano passado, recebi a informação da minha família hospedeira, localização, quantos filhos, etc.Vi que seria para Lajeado. Eu não conhecia a cidade e também não sabia muito sobre o RS, só sabia que tinha muitos cavalos.
Como tem sido a sua adaptação ao país?
No início a adaptação foi difícil, muito por causa do português. O mais difícil aqui foi a segurança, porque na Bélgica não tem perigo na rua à noite. Lá eu posso sair quando quero e viajar sozinho sem problemas, enquanto aqui é diferente. Mas meus amigos e minha família aqui me ajudaram muito com a integração e agora me sinto em casa em Lajeado.
Percebeu alguma semelhança entre sua terra natal e o Brasil?
A Bélgica e Brasil são dois países quase opostos, na verdade. Mas o que eu vivi aqui e achei parecido com meu país foi uma comunidade de jovens progressistas, que querem mudar o mundo, ou pelo menos acreditam em um mundo mais igual. Lá, isso é muito forte também. Acho engraçado que no Brasil as pessoas falam muito mal sobre o seu país, porque na Bélgica quase todo mundo faz a mesma coisa. E agora, durante meu intercâmbio, percebi que a Bélgica não é um país tão ruim na verdade. É um lugar maravilhoso para morar e eu tenho muito orgulho de ser belga. Espero que no futuro o povo do Brasil também se sinta orgulhoso de ser brasileiro.
 

MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br

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