O projeto de lei que renova o convênio entre o governo municipal e o Hospital Bruno Born para urgência e emergência ainda não tem previsão de votação na câmara de vereadores, mas foi novamente o principal assunto dos discursos dos parlamentares durante a sessão de ontem, 25.
A matéria ainda traz duvidas e gerou embates envolvendo vereadores da situação e oposição durante a sessão. A maior polêmica ocorreu quando a vereadora Mariela Portz (PSDB) defendeu a importância das pessoas terem um entendimento de qual serviço procurar em caso de urgência ou emergência, além da necessidade de priorização da saúde no município.
“Todas as pessoas devem ter o direito e o privilégio de ter médicos em suas comunidades”, afirmou a vereadora.
O discurso causou reação de Paulo Tori (PPL), que criticou a colega devido a explanações nas redes sociais sobre a votação do projeto de lei. Já Sérgio Kniphoff (PT) disse concordar com tudo o que a tucana disse. “Mas não é para nós e na rede social que você tem que falar isso, e sim para o prefeito”, resumiu.
A emergência do HBB foi fechada em abril de 2018, quando um homem ateou fogo no local. Após dez meses, em fevereiro, a unidade foi reaberta. Porém, a porta fica fechada e é necessário acionar a campainha.
Equipes médicas à noite
Já Nilson do Arte (PT) defendeu a criação de novas equipes médicas para atender as comunidades no turno da noite.
“Se quiser diminuir as filas da UPA, essa é a solução. A grande maioria das pessoas que vão até a UPA são dos bairros Jardim do Cedro e Santo Antônio. Por que não ter uma equipe que atenda uma ou duas vezes por semana nesses locais?”, questiona o vereador, lembrando também que as pessoas economizariam tempo e dinheiro para o deslocamento.
Projetos aprovados
O projeto de lei que cria duas vagas para os cargos de técnico em enfermagem foi aprovado pelos vereadores. A matéria atende a uma decisão do Poder Judiciário. Os servidores Clarice Cristina Porn e Diogo Dalvit, que haviam sido exonerados devido a um erro no concurso público realizado em 2011 e apontado três anos depois no Tribunal de Contas do Estado (TCE), serão reintegrados.
Os dois, que já estão trabalhando, estiveram no plenário acompanhando a sessão. As vagas chegaram, inclusive, a ser ocupadas por candidatos aprovados no processo seletivo realizado no ano passado.
Também foi aprovada a abertura de crédito especial no valor de R$ 6,8 mil. O recurso será aplicado para aquisição de equipamentos e para a manutenção do Museu Historico Bruno Born. Já o projeto de lei que trata da venda da folha de pagamento dos servidores municipais teve pedido de vistas do vereador Adi Cerutti (PSD).
MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br
