Em palestra na Acil, Heinze pede paciência com governo federal

Lajeado

Em palestra na Acil, Heinze pede paciência com governo federal

Senador falou sobre reforma da previdência, pacto federativo e a polêmica acerca da suposta interferência de Sérgio Moro nas investigações da Operação Lava Jato

Em palestra na Acil, Heinze pede paciência com governo federal

Eleito senador pelo Rio Grande do Sul com 2,3 milhões de votos no ano passado, Luis Carlos Heinze (PP) foi o convidado de ontem para a reunião-almoço da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). Falando para centenas de empresários, autoridades e líderes políticos que lotaram o salão de eventos, por mais de uma vez pediu paciência com o governo federal.
Bastante próximo do presidente Jair Bolsonaro – os dois foram colegas de Câmara por duas décadas –, Heinze defendeu as ações em andamento e lembrou que o novo governo ainda finaliza o seu primeiro semestre. “É um governo diferente. Os problemas não se revertem em apenas seis meses”, afirmou o parlamentar.
Um dos temas mais abordados na palestra foi a reforma da previdência, considerada o foco principal do governo neste ano e defendida por entidades empresariais. “Uma parte dela já está aprovada na comissão especial. Nós esperamos que, nas próximas duas ou três semanas, ter a aprovação no plenário e depois ir para o Senado”, projetou.
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Houve um espaço para perguntas após a explanação de Heinze, que durou cerca de 35 minutos. Antes, a presidente da Acil, Aline Eggers, comemorou a presença do senador no evento, afirmando se tratar de uma liderança comprometida com o desenvolvimento e o livre-mercado para o país retomar o posto de potência mundial.

Capital privado

A viabilidade da construção de um novo porto marítimo para o Sul do país está em discussão, segundo o senador. Ele defende a construção da estrutura em Torres, no Litoral gaúcho, e acredita que esta é uma saída para fomentar o desenvolvimento do estado.
“É um projeto da época do Getúlio Vargas que não deu certo. Agora estamos discutindo essa possibilidade, que vai beneficiar muito a Serra e a parte norte do estado. E para o Vale do Taquari, também se tornaria uma alternativa”, citou Heinze. Segundo ele, seria um investimento totalmente privado, necessitando parceiros para viabilizar a obra.
Antes da palestra, Heinze esteve em Estrela e lembrou que existe um potencial hidroviário no Vale, a partir do Porto da cidade. Para isso, pediu que a comunidade regional se una para pressionar políticos, seguindo exemplo de outras regiões.
 

MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br

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