Eleito senador pelo Rio Grande do Sul com 2,3 milhões de votos no ano passado, Luis Carlos Heinze (PP) foi o convidado de ontem para a reunião-almoço da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). Falando para centenas de empresários, autoridades e líderes políticos que lotaram o salão de eventos, por mais de uma vez pediu paciência com o governo federal.
Bastante próximo do presidente Jair Bolsonaro – os dois foram colegas de Câmara por duas décadas –, Heinze defendeu as ações em andamento e lembrou que o novo governo ainda finaliza o seu primeiro semestre. “É um governo diferente. Os problemas não se revertem em apenas seis meses”, afirmou o parlamentar.
Um dos temas mais abordados na palestra foi a reforma da previdência, considerada o foco principal do governo neste ano e defendida por entidades empresariais. “Uma parte dela já está aprovada na comissão especial. Nós esperamos que, nas próximas duas ou três semanas, ter a aprovação no plenário e depois ir para o Senado”, projetou.
Houve um espaço para perguntas após a explanação de Heinze, que durou cerca de 35 minutos. Antes, a presidente da Acil, Aline Eggers, comemorou a presença do senador no evento, afirmando se tratar de uma liderança comprometida com o desenvolvimento e o livre-mercado para o país retomar o posto de potência mundial.
Capital privado
A viabilidade da construção de um novo porto marítimo para o Sul do país está em discussão, segundo o senador. Ele defende a construção da estrutura em Torres, no Litoral gaúcho, e acredita que esta é uma saída para fomentar o desenvolvimento do estado.
“É um projeto da época do Getúlio Vargas que não deu certo. Agora estamos discutindo essa possibilidade, que vai beneficiar muito a Serra e a parte norte do estado. E para o Vale do Taquari, também se tornaria uma alternativa”, citou Heinze. Segundo ele, seria um investimento totalmente privado, necessitando parceiros para viabilizar a obra.
Antes da palestra, Heinze esteve em Estrela e lembrou que existe um potencial hidroviário no Vale, a partir do Porto da cidade. Para isso, pediu que a comunidade regional se una para pressionar políticos, seguindo exemplo de outras regiões.
MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br