Depois de meio século de atividades, a igreja matriz da Paróquia São Cristóvão recebe a primeira grande reforma. O local será reformulado por dentro e por fora. Os trabalhos iniciaram na metade de maio e devem se estender por dois anos.
A necessidade da obra se deu em função das más condições do telhado. A estrutura de madeira estava comprometida pela ação de cupins. Enquanto retiravam as tesouras, três delas caíram sozinhas.
Um dos operários disse não entender como a cobertura não havia caído antes. “Muita fé e muita oração”, justificou o padre. A comunidade decidiu aproveitar o momento para uma intervenção mais profunda. Um escritório de arquitetura de São Paulo, especializado em obras sacras, é o responsável pelo projeto.
Por fora, a fachada será alterada e a torre derrubada e substituída por outra. Por dentro é que estão as principais intervenções.
O antigo altar, alto, localizado no fundo, semelhante a um palco, foi demolido. O novo ficará centralizado, com o público disposto ao redor, em formato de “u”. A mudança visa maior proximidade entre padre e fiéis e uma maior participação do público no culto.
“A ideia é uma reforma que possa adequar o templo ao período que hoje nós celebramos. Ela foi construída em 1967, logo após o concílio do Vaticano segundo, quando a liturgia se torna mais participativa pelo povo e com isso as próprias igrejas mudaram”, explica o padre Elias Geraldo Rech.
Conforme o projeto, igreja terá fachada reformada e nova torre
Após a reforma, a igreja terá a capacidade aumentada de 350 para 400 pessoas sentadas.
Primeira etapa está concluída
A obra completa está orçada em cerca de R$ 1 milhão. Os recursos vêm das festas promovidas pela comunidade e de doações.
A primeira parte, instalação do novo telhado, já está concluída. A próxima etapa consiste no reboco, que foi todo descascado, e colocação de janelas e do presbitério. Com a conclusão desta etapa, o local deve estar apto às atividades da paróquia. Na semana de São Cristóvão, no fim de julho, parte das celebrações deve ser na igreja.
Mobilização comunitária
Por enquanto, as missas ocorrem no ginásio, aos fundos da igreja. A montagem e desmontagem mobiliza a comunidade. No sábado pela manhã, os bancos são posicionados na quadra, para a missa da tarde e do domingo de manhã. Ao fim dos trabalhos, tudo tem de ser retirado, para liberar o ginásio.
A igreja São Cristóvão fica no bairro Boa União, junto à rótula de acesso. A comunidade foi criada em 1967 e elevada à condição de paróquia em 1988.
MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br
