Golpe na mensagem

Editorial

Golpe na mensagem

As tecnologias de informação fazem parte do cotidiano da sociedade moderna. O aplicativo WhatsApp também chegou para facilitar o contato entre as pessoas. Mudou inclusive leis da física. O tempo e o espaço agora são relativos na comunicação. Não há…

As tecnologias de informação fazem parte do cotidiano da sociedade moderna. O aplicativo WhatsApp também chegou para facilitar o contato entre as pessoas. Mudou inclusive leis da física. O tempo e o espaço agora são relativos na comunicação. Não há barreiras, indiferente da cidade, país, fuso-horário, é possível conversar, ver, escutar, compartilhar imagens e vídeos na velocidade de um clique.
Essa facilidade do mundo moderno traz riscos consigo. Em meio ao ambiente digital, se sucedem episódios alarmantes. A intimidade de pessoas é exposta, perfis falsos prometem serviços que nunca acontecem, estelionatários se passam por amigos ou namorados, e criminosos aperfeiçoam técnicas para aplicar golpes.
Conforme a Polícia Civil, como consta na matéria na edição de hoje, na página 3, em média cinco perfis de WhatsApp são clonados na região por semana. Por uma simples mensagem recebida, há o risco de o usuário ser prejudicado. Todos os contatos dessa pessoa recebem um pedido para depósito de dinheiro em uma conta bancária específica. Isso sem o dono desse número saber.
Também há diversas ocorrências em investigação sobre aqueles que abusam da boa-fé das pessoas. Prometem bons negócios, vendas por preços abaixo do mercado. Recebem os depósitos e depois somem. O poder de convencimento desses golpistas surpreende.
A internet, ferramenta fundamental no mundo contemporâneo, também se torna um arcabouço de golpes.
Como diversos crimes acontecem na rede mundial de computadores, a pergunta que fica: os órgãos de segurança do país têm capacidade de coibir essas condutas? Em alguns casos, a investigação mostra resultados. Como na divulgação de pedofilia. Nos últimos meses, dezenas de gaúchos foram presos por armazenar e difundir conteúdo pornográfico envolvendo menores de idade.
Ainda assim, a margem de solução é pequena. Dificilmente a polícia consegue chegar aos autores dos delitos, pois a tecnologia evolui com mais velocidade do que as estruturas organizacionais das polícias, dos governos e das próprias leis.
Escapar dessa rede de mentiras, parte da atenção dos internautas. Vai desde evitar a exposição de informações privadas e também em saber diferenciar o que é uma chance de um bom negócio, o que é um novo amigo ou uma armadilha preparada para fazer novas vítimas.

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