Município discute criação  de rua coberta no calçadão

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Município discute criação de rua coberta no calçadão

Proposta tem apoio da associação de moradores e do governo. Vereador garante ter verba federal para a obra

Município discute criação  de rua coberta no calçadão

Para incentivar o turismo, movimentar o Centro e criar um espaço para eventos, o município de Estrela discute a implantação de uma rua coberta. Entre os defensores da proposta estão a Amor Centro (associação de moradores), o vereador João Braun (PP) e o governo municipal. O local mais provável é a rua Fernando Abott, onde fica o calçadão.
 
Ex-prefeito e atual presidente da associação, Hélio Musskopf defende a proposta como uma alternativa para os eventos do município. “Com uma rua coberta, sempre teríamos a possibilidade de realização de eventos com chuva ou sol, como o carnaval, que se realiza ali todos anos.” Musskopf foi prefeito de 1977 a 82, quando foi inaugurado o calçadão.
 
Esta semana, Braun esteve em Brasília e apresentou a proposta a deputado federal Jerônimo Goergen. De acordo com o vereador, o deputado confirmou uma emenda parlamentar de R$ 250 mil para a obra, estimada entre $ 200 e 300 mil. O recurso deve confirmado e repassado no primeiro semestre de 2020.
 
“Não é que queira simplesmente cobrir uma rua. Quero criar um ponto turístico para incentivar o comércio local e a geração de emprego e renda. Nos moldes que temos em Gramado e Nova Petrópolis”, argumenta.
 
Foi criada uma enquete no perfil do vereador, para verificar qual rua seria a preferida da população, entre a Fernando Abott e a Arnaldo Diehl, próximo à escadaria. A grande maioria dos mais de 700 votantes escolheu a rua do calçadão. A ideia é cobrir a quadra entre as ruas Borges de Medeiros e Marechal Floriano.
 

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Fotos do acervo histórico do site nossadica.com.br


 

Carros ou pedestres?

Em paralelo à cobertura da rua, ressurge o debate sobre a possibilidade de fechar a rua para os carros, tornando uma via exclusiva para pedestres.
João André Mallmann, que se dedica à pesquisa da história do município, recorda que o movimento no local era maior antes de volta dos carros.
 
“O calçadão era charmoso. Era mais tranquilo, podia deixar as crianças brincarem à vontade. A rua lotava, principalmente no verão. Vinha gente de fora para curtir nosso calçadão e isso morreu.”
 
Em 2014, Mallmann iniciou uma campanha nas redes sociais pelo fechamento da rua. A publicação teve centenas de compartilhamentos. O prefeito Rafael Malmann confirma que a cobertura da via é do interesse do governo, porém afirma que não há verba disponível no município. Em relação a interromper o fluxo de veículos, o prefeito não acredita que seja viável. “Já temos uma dificuldade de mobilidade no Centro. Se fecharmos uma via ali vai ficar praticamente inviável o trânsito no centro”, diz.
 

Exemplos na região

No Vale do Taquari, três outros municípios já dispõem de ruas cobertas, que são dedicadas principalmente à realização de eventos. O município de Muçum tem via pública coberta faz mais de 15 anos. São dois trechos da avenida principal da cidade que somam cerca de 180 metros.
 
Em Teutônia, um trecho coberto de 20 metros localizado na Avenida 1 Sul foi inaugurado em outubro de 2018. Em todos os casos, é permitido o fluxo de veículos. Em Arroio do Meio, o vereador Vanderlei Majolo (PP) propôs o bloqueio do trecho coberto da rua General Daltro Filho, junto à Praça Fores da Cunha. Nos fins de semana, há bloqueios em função de eventos. Porém, para o departamento de trânsito, a proposta é inviável em dias de semana.
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MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br

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