“A aviação é uma droga que vicia”

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“A aviação é uma droga que vicia”

Uma viagem de avião aos 17 anos fez com que a lajeadense Vanessa Suame Schneider decidisse ser comissária de voo. Hoje com 28 anos, já conhece mais de dez países. Na profissão carrega a responsabilidade de transmitir segurança aos passageiros…

“A aviação é uma droga que vicia”

Uma viagem de avião aos 17 anos fez com que a lajeadense Vanessa Suame Schneider decidisse ser comissária de voo. Hoje com 28 anos, já conhece mais de dez países. Na profissão carrega a responsabilidade de transmitir segurança aos passageiros

Quando decidiu seguir essa profissão?
Decidi que queria ser comissária quando fiz minha primeira viagem internacional. Tinha 17 anos e estava muito empolgada pois iria conhecer um lugar novo. Fiquei atenta às comissárias e pensei em como eram sortudas por irem para vários lugares. Me questionei sobre se eu teria condições de me tornar comissária também. Fui atrás e decidi fazer o curso em Porto Alegre. Depois do curso, passei na banca da Anac e nos exames médicos. Após, morei seis meses nos Estados Unidos para aperfeiçoar meu inglês. Na volta, me candidatei nas companhias aéreas e consegui o emprego na Gol.
 
O que mais te marcou nesses anos de voo?
O que mais me marca são as pessoas que cruzam nosso caminho. Tanto passageiros quanto colegas de trabalho. Acabo conhecendo muita gente, de outras regiões e países. Saímos de nossa bolha e abrimos a mente para conhecer novas culturas, que nem tínhamos ideia que existissem. Trocar essas experiências é o que mais me marca na profissão.
 
O que é mais gratificante em ser comissária?
O mais gratificante é transmitir segurança às pessoas. Pesquisas mostram que a maioria dos passageiros tem medo de voar. Poder transmitir essa segurança e carinho é muito especial. Já passei por situações de pânico em que consegui transmitir segurança e confiança para o passeiro. Ver que as pessoas confiam em mim é o mais gratificante.
 
Já passou por algum perigo em voo?
Graças a Deus nunca passei por nenhum perigo. Mas temos treinamento para lidar com qualquer tipo de situação a bordo. Desde um engasgo até ameaça de bomba. Estamos preparados para quando algo aparecer mantermos a segurança de todos.
 
Viajar cansa?
Cansa sim. Mas quando estou de folga ou férias, em questão de dias já sinto falta de estar no avião. É o que sempre falamos, a aviação é uma droga que vicia. Você diz que vai parar mas não consegue, é muito bom.
 
Qual o país mais especial que conheceu?
Eu conheci em quatro anos cerca de 14 países. Tenho vários como especiais, mas o que mais me marcou foi a Ilha de Patmos, que pertence à Grécia. A beleza e a história desse lugar são inesquecíveis.
 
Que lição você leva da profissão para a vida?
Sempre aproveitar o momento e ser grato pelo o que acontece em nossa vida. As vezes nos acomodamos e esquecemos de olhar ao redor, em quanto esse mundo é bonito e em quão prazerosas são as experiências que vivemos.
 

CAETANO PRETTO – caetano@jornalahora.inf.br

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