Sinal inaceitável

Editorial

Sinal inaceitável

A insatisfação regional com as operadoras de telefonia está cada vez maior. Ontem, reunião organizada e convocada pela Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) ocorreu no Procon, na capital. Prefeitos e líderes regionais buscaram soluções para os problemas…

A insatisfação regional com as operadoras de telefonia está cada vez maior. Ontem, reunião organizada e convocada pela Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) ocorreu no Procon, na capital. Prefeitos e líderes regionais buscaram soluções para os problemas no sinal de telefone e internet.
 
Diagnóstico do Conselho de Desenvolvimento (Codevat), divulgado em abril passado sobre o serviço na região, confirmou a precariedade na prestação do sistema. A importância dessas tecnologias de comunicação e informação é indiscutível.
 
Ficar sem sinal ou sem acesso à rede mundial de computadores representa perder competitividade para empresas. Além de impactar sobre a vida e o acesso ao conhecimento. Jovens moradores de cidades interioranas optam por deixar o município de origem também pela falta desse serviço.
 
Quando se fala em êxodo rural, uma forma de evitar essa migração é levar ao campo os confortos da cidade. Isso implica em garantir, entre outros fatores, uma estrutura eficiente que proporcione acesso veloz a internet e um sinal estável de telefonia móvel.
 
Em comparação ao último estudo, feito em 2014, houve uma leve melhora. Ainda assim, longe de atender as necessidades da população. Os dados ajudam a comprovar a análise da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Conforme o órgão, o RS é o terceiro estado da nação com mais áreas sem sinal de telefone móvel. No país, há 4,5 milhões de excluídos digitais espalhados em 2,2 mil distritos, em 21 estados.
 
O RS só é mais conectado do que a Bahia e o Ceará. São quase meio milhão de pessoas que vivem em 570 distritos no RS sem acesso ao sinal de celular. De fato, a privatização das telecomunicações na década de 90 trouxe melhorias no serviço. Por outro lado, falta uma cobrança mais incisiva das agências públicas sobre as prestadoras do serviço. Enquanto os consumidores recebem ligações de call centers com a oferta de diversos planos, na hora de entregar o combinado cria-se um abismo. Cancelar um pedido se torna um calvário para o cliente.
 
O sinal de internet móvel no país e no RS ofertado pelas companhias não cumpre o prometido. O acesso 3G e 4G ainda não decolou. Falta investimento por parte das empresas que exploram o serviço. Antes de analisar no congresso o limite dos planos de internet, é preciso entregar o que está previsto em contrato.
 
Por tudo isso, fazem bem os líderes políticos e de entidades classistas regionais, em buscar apoio de instituições superiores, afim de garantir investimentos necessários para melhorar o serviço precário.

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