O corte de duas árvores espatódeas localizadas em uma calçada da Coronel Flores, no Centro da cidade, gerou polêmica no começo desta semana. A ação, realizada por uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento na manhã dessa terça-feira, 11, é resultado de um pedido protocolado na pasta ainda no ano passado.
Buscando esclarecer a situação, o secretário Hilário Eidelwein explica que o proprietário de uma loja de calçados da rua foi o responsável pelo pedido. “Tivemos uns três ou quatro pedidos nos últimos cinco anos. Era uma situação que estávamos monitorando há algum tempo e que nos preocupava”, comenta.
Eidelwein ressalta ainda que o lixo verde resultante do trabalho da secretaria foi recolhido no final do dia e teve sua destinação correta, assim como outras árvores que são podadas ou cortadas no perímetro urbano. Segundo ele, a queda de um galho grande e podre em virtude de um vendaval já indicava que elas não tinham grande resistência, além de serem exóticas e estarem isoladas na rua.
Orientação estadual
A ação da Secretaria de Meio Ambiente também atende a uma orientação estadual, de que árvores exóticas de grande porte plantadas em calçadas sejam retiradas e substituídas por árvores nativas. Também segue um trabalho desempenhado pelo próprio Eidelwein, de padronização, iniciado em 2013, quando ele reassumiu a titularidade da pasta – já tinha ocupado a função em outras ocasiões.
Segundo os biólogos da secretaria, Andrea Vargas dos Santos e Gaspar Luiz Franco, as árvores de grande porte causam conflitos também às redes de energia, além de danos ao patrimônio e dificuldades ao trânsito de pedestres na via pública, principalmente de pessoas idosas. Por ano, eles estimam que sejam cortadas entre 20 e 30 árvores nas calçadas.
Novos cortes e replantio
Os cortes não param por aí. Segundo Eidelwein, há diversos exemplos de árvores exóticas que precisam ser retiradas para evitar futuros prejuízos. “Existe uma previsão de novos cortes, embasado em critérios técnicos”, explica, sem detalhar onde e quando será.
Citou como exemplos de reclamações da comunidade duas árvores plantadas em frente ao Fórum e um pinheiro localizado na Praça Menna Barreto. Também preocupam arborizações que prejudicam a captação de imagens registradas por câmeras de segurança. “Em alguns pontos, elas interferem. Logo logo deverão ser trocadas”, projeta.
Dados estimados da Secretaria de Meio Ambiente apontam que são plantadas mais de mil novas mudas por ano na cidade. “Apesar disso, muitas são vandalizadas”, lamentam.
MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br
