Em análise no Congresso Nacional, a reforma da previdência proposta pelo governo federal novamente será o alvo principal de uma manifestação que está marcada para esta sexta-feira, 14. A greve geral é um ato convocado pelas centrais sindicais e ocorrerá em todo o país.
Em Lajeado, a mobilização terá início às 8h30 e deve contar com líderes e manifestantes de todo o Vale. A saída será da rua Piraí, no bairro São Cristóvão, e vai percorrer as principais vias da cidade até as 10h. Estão previstas também ações em Taquari.
Na região, o ato é liderado por Sindicato dos Empregados no Comércio de Lajeado (Sindicomerciários), 8º Núcleo do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) e Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro), regional Lajeado.
“Nós compreendemos, sim, que deve ser feita uma reestruturação previdenciária, mas o que está sendo proposto pelo governo não nos contempla, pois atinge exatamente a faixa de trabalhadores que menos ganha, combatendo poucos privilégios. É essa discussão que queremos levar para a rua”, afirma Marco Daniel Rockenbach, presidente do Sindicomerciários.
Outro fator apontado por Rockenbach como preocupante é a tentativa de privatização da previdência. “Isso ocorrerá através do regime de capitalização, que é o trabalhador fazer sua própria poupança para que, quando não tiver mais condições de trabalhar, possa viver e se sustentar”, cita.
Contra os cortes na educação
A crise na área da educação, com o contingenciamento das verbas das universidades e institutos federais, também deve estar em pauta no protesto, seguindo o exemplo de manifestações anteriores que ocorreram na região.
Sempre no começo de cada mês, professores da rede estadual estão paralisando as atividades, convocados pelo Cpers. No fim de maio, grêmios estudantis da região fizeram um ato no centro de Lajeado, contra as decisões recentes do Ministério da Educação (MEC).
Em nível nacional
O objetivo da greve geral é que todos os trabalhadores cruzem os braços nesta sexta-feira, de acordo com os movimentos sindicais que estão convocando o ato. Estão sendo chamados, inclusive, sindicatos de transporte. Em algumas cidades, como São Paulo, trabalhadores de empresas do setor confirmaram adesão à manifestação.
Em abril de 2017, cem anos após a primeira greve geral da história do país, milhares de pessoas saíram às ruas nas capitais e outras cidades protestando contra medidas do então presidente da República, Michel Temer, como a proposta de reforma da previdência, que não chegou a ser votada durante seu mandato.
MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br
